
Violentos protestos têm tomado conta das ruas de várias cidades do Irã, especialmente de Teerã, pedindo pelo fim da teocracia islâmica que oprime o povo local há décadas. Como resultado do conflito, centenas de pessoas já perderam a vida, dentre elas a jovem comissária de bordo Sanaz Keshavarz, que trabalhava em voos de Airbus A340 na empresa aérea Mahan Air.
Em outra publicação, o perfil Babak Taghvaee, reconhecido pelas informações sobre conflitos em várias partes do mundo, diz que a empresa aérea, que pertence à Guarda Revolucionária, recomendou que nenhum outro funcionário da companhia fosse ao enterro da comissária, sob risco de ser processado e levado preso pelo regime de Teerã.
I was informed by my sources in #MahanAir that one of their colleagues, #SanazKeshavarz (#ساناز_کشاورز) who was a flight attendant on Airbus A340 was murdered by #Iran‘s Police over attending an anti-regime protest. She was buried yesterday & her memorial is tomorrow.#MahsaAmini pic.twitter.com/qL66mm5jjs
— Babak Taghvaee – The Crisis Watch (@BabakTaghvaee1) November 29, 2022
Protestos
Os protestos foram desencadeados pela morte de Mahsa Amini, de 22 anos, detida por supostamente violar o estrito código de vestimenta da República Islâmica ao se recusar a usar a cobertura na cabeça. Eles rapidamente se transformaram em apelos pela derrubada do governo centrado na Lei Religiosa, que perdura desde 1979, desde que os aiatolás chegaram ao poder.
Além da quantidade de mortos, observadores internacionais calculam que mais de 15.000 pessoas foram detidas por se manifestarem contra o governo, que também contabilizou baixas. Jornalistas também tem sido ameaçados, reportou a BBC, e sofrem de perseguição e dificuldades para cobrir os protestos.
Enquanto isso, vídeos do caos continuam a emergir, mostrando as pessoas nas ruas enfrentando as autoridades, muitas vezes armadas.
O Irã deteve vários cidadãos com dupla nacionalidade nos últimos anos sob a acusação de ameaçar a segurança nacional. Analistas e grupos de direitos humanos acusam a linha dura das agências de segurança do Irã de usar detidos estrangeiros como moeda de troca em negociações ou trocas de prisioneiros com o Ocidente, o que Teerã nega.