
O Japão está em plena ascensão na corrida tecnológica militar com o anúncio do desenvolvimento de uma nova aeronave de guerra eletrônica, baseada na renomada aeronave Kawasaki P-1, projetada para patrulha marítima e combate a submarinos. Informações divulgadas pelo Ministério da Defesa japonês indicam uma resposta estratégica a um cenário global cada vez mais dominado por complexas operações de guerra eletrônica.
Como informa o Aviacionline, a proposta do governo japonês visa a construção de uma aeronave que fortalecerá substancialmente suas capacidades no domínio eletromagnético, essenciais para a realização de missões conjuntas e interdomínio.
O novo projeto busca integrar recursos avançados de coleta de inteligência eletrônica, assemelhando-se, em alguns aspectos, à funcionalidade de uma aeronave multiuso que deverá ser aposentada dentro de menos de uma década.
Para viabilizar o ambicioso projeto, o ministério já solicitou um orçamento de 41,4 bilhões de ienes, equivalente a aproximadamente 287 milhões de dólares, destinado ao ano fiscal de 2025.
O custo total do desenvolvimento, que inclui a criação de um protótipo e testes minuciosos, é estimado em cerca de 82,4 bilhões de ienes, superando os 572 milhões de dólares. A expectativa é que o protótipo esteja pronto entre 2024 e 2031, com testes de desempenho programados até 2033.
De acordo com o site especializado Naval News, a nova aeroinstrumentação de inteligência eletrônica substituirá os antigos EP-3 Orion da Força Marítima de Autodefesa do Japão (JMSDF). Esses modelos têm sido utilizados em missões de inteligência, como interceptação de sinais (SIGINT), inteligência eletrônica (ELINT) e inteligência de comunicações (COMINT).
Assim, o alinhamento do Kawasaki P-1 com as necessidades contemporâneas de guerra eletrônica reflete uma lógica estratégica clara: modernizar e recuperar a vantagem no cenário defensivo.