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Em um dos aeroportos mais perigosos do mundo, jatinho Challenger 3500 pousa pela primeira vez 2y303k

A equipe de demonstração da Bombardier atingiu mais um marco notável com o pouso do Challenger 3500 no Aeroporto de Paro, no Butão, conhecido por ser um dos aeroportos mais perigosos do mundo. A operação, que exigiu intensos preparativos, destaca a capacidade do jato executivo e a habilidade dos pilotos nas situações mais desafiadoras. 5p2k4j

Com uma pista de apenas 2.265 metros e localizada a uma altitude de 7.364 pés (2.244 metros acima do nível do mar), o Aeroporto de Paro está situado no coração do Himalaia. Este ambiente exigente não apenas desafia os limites das aeronaves, mas também requer que os pilotos tenham formação específica e certificações para manobrar com segurança nas complexas aproximações da área montanhosa.

Bombardier ressaltou em suas redes sociais que o pouso do Challenger 3500 foi o resultado de semanas de intensa preparação. A equipe precisou aprender e se familiarizar com as abordagens desafiadoras que são críticas para a segurança e eficácia do pouso em Paro, onde o terreno montanhoso e as condições climáticas podem apresentar riscos significativos.

As cartas de aproximação ao Aeroporto Internacional de Paro revelam que o procedimento exige capacidade RNAV (Navegação por Área). Os voos que se aproximam do aeroporto contornam vales íngremes, aproximando-se com cuidado até alcançar quase o limiar da pista.

Entre os desafios enfrentados estão não só a altitude elevada, mas também as condições meteorológicas localmente imprevisíveis, como a formação súbita de nuvens e a possibilidade de gelo.

Devido ao seu posicionamento em um vale estreito, os pilotos também podem enfrentar ventos variáveis e turbulência provocada por correntes de ar ascendentes, o que acrescenta uma camada extra de complexidade às manobras de pouso e decolagem.

Atualmente, duas transportadoras nacionais operam no Aeroporto Internacional de Paro: Bhutan Airlines e Druk Air. A Bhutan Airlines mantém uma frota de dois Airbus A319, realizando voos para Katmandu (Nepal), Calcutá e Delhi (Índia).

Por outro lado, a Druk Air opera três Airbus A319, um Airbus A320neo e um ATR 42-600, com rotas que incluem Gelephu, Jakar e Trashigang no Butão, além de conexões internacionais para Katmandu, Daca (Bangladesh) e Bangkok (Tailândia).

O pouso do Challenger 3500 em Paro não apenas reforça as capacidades da Bombardier, mas também simboliza um avanço significativo nas operações de aviação em terrenos desafiadores.

Carlos Ferreira
Managing Director - MBA em Finanças pela FGV-SP, estudioso de temas relacionados com a aviação e marketing aeronáutico há duas décadas. Grande vivência internacional e larga experiência em Data Analytics.