
Uma pesquisa desenvolvida pelo Programa de Pós-Graduação em Aplicações Operacionais (PPGAO) do Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA) apresenta um modelo pioneiro para a detecção de destroços de aeronaves utilizando Inteligência Artificial (IA).
Segundo informado nesta semana pelo ITA, a pesquisa, defendida em fevereiro, incorpora aspectos característicos da realidade brasileira, como biomas nacionais, para aprimorar as operações de busca e resgate conduzidas pela Força Aérea Brasileira (FAB). O estudo utilizou imagens captadas em missões reais do Esquadrão Pelicano, unidade da FAB especializada em busca e salvamento.
Intitulada “Detecção de Destroços de Aeronaves com Base em Modelos de Visão Computacional”, a pesquisa foi desenvolvida pelo Major Aviador André Villela Gaspar, aluno do PPGAO, sob orientação do Professor Doutor Angelo aro, do Instituto de Estudos Avançados (IEAv) do Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial (DCTA), e coorientação do Professor Doutor José Alberto Silva de Sá, da Universidade do Estado do Pará (UEPA).
Para aprimorar a performance da IA, os pesquisadores construíram um banco de dados a partir de materiais de descarte e do uso de drones, simulando destroços de acidentes aéreos. Apesar dos avanços obtidos, os autores destacam a importância de um processo contínuo de coleta e tratamento de imagens em cenários reais, variando altitudes e ângulos de visada, para aperfeiçoar o desempenho do modelo.
O Major Aviador Villela destaca que, enquanto o uso de IA para localizar pessoas desaparecidas já é um tema recorrente na literatura, há escassez de estudos focados na identificação de destroços de aeronaves.
“Isso se deve à baixa quantidade de registros em regiões remotas, onde o o é desafiador. Dessa forma, buscamos uma inovação tecnológica que amplie os recursos empregados em operações de busca e salvamento, com o objetivo final de salvar vidas”, explica.
O coordenador adjunto do PPGAO, Tenente-Coronel Aviador Daniel Alberto Pamplona, ressaltou que a pesquisa reforça a missão do programa ao integrar conhecimento operacional e acadêmico.
“Isso está alinhado à Concepção Estratégica da Força Aérea 100 (DCA 11-45), que orienta a adaptação dos meios da FAB aos novos tempos, por meio da incorporação de tecnologias modernas e novos conceitos operacionais”, pontuou.
Informações do ITA
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