
O ex-presidente da Nigéria, Olusegun Obasanjo, criticou duramente o fracassado projeto Nigeria Air, uma t venture entre o governo anterior de Muhammadu Buhari e um consórcio liderado pela Ethiopian Airlines.
Em seu novo livro, “Nigéria: ado e Futuro”, Obasanjo acusa o ex-ministro da Aviação, Hadi Sirika, de má gestão de aproximadamente USD 55,2 milhões destinados ao projeto.
As alegações de Obasanjo surgem em meio a uma série de controvérsias relacionadas à iniciativa. Ele afirma que Sirika fretou uma aeronave da Ethiopian Airlines, já decorada com a pintura da Nigeria Air, e a apresentou como a nova companhia aérea nacional antes de deixar o cargo.
De acordo com a narrativa de Obasanjo, isso enganou os cidadãos nigerianos e desperdiçou recursos públicos, conforme relatado por meios de comunicação locais, como Punch, 21st Century Chronicle e The Comment.
O evento gerou uma onda de críticas na mídia, especialmente porque ocorreu na véspera da inauguração do novo governo de Bola Ahmed Tinubu, em 29 de maio. Companhias aéreas privadas da Nigéria contestaram a criação da Nigeria Air em um tribunal de Abuja, através da Organização de Companhias Aéreas da Nigéria (AON), que conseguiu uma liminar que impediu o governo Buhari de finalizar a certificação da nova companhia.
Com a mudança de governo, a proposta da Nigeria Air acabou se desintegrando, e a nova istração sob Tinubu desmereceu a t venture, caracterizando-a como uma entrega à Ethiopian Airlines.
Além disso, a Comissão de Crimes Econômicos e Financeiros da Nigéria (EFCC) está processando Sirika e outras três pessoas sob acusações de fraude contratual.
Apesar do fracasso do projeto original, rumores indicam que o novo governo ainda possui aspirações de criar uma companhia aérea nacional, embora sob um nome diferente. A Ethiopian Airlines, por sua vez, negou qualquer plano para reviver a Nigeria Air, criando um cenário de incertezas para o futuro da aviação comercial na Nigéria.