A Boeing fará ainda hoje um anúncio sobre a venda de jatos para uma companhia aérea britânica, segundo informou o governo dos Estados Unidos.
O pedido foi feito por uma empresa aérea do Reino Unido, cujo nome não pode ser revelado pelo secretário de Comércio dos EUA, Howard Lutnick, que fez a declaração durante uma coletiva de imprensa com o ex-presidente Donald Trump e outros membros do governo norte-americano. O evento também marcou o anúncio de um novo acordo com o Reino Unido para a redução de tarifas de importação e exportação entre os dois países.
Esse novo acordo surge após o chamado “Tarifaço de Trump” contra diversos países, o que levou ao início de negociações entre os EUA e outras nações. Agora, os carros britânicos terão uma tarifa extra de apenas 10%, em contraste com os 25% aplicados anteriormente.
🚨 MORE BIG NEWS… Commerce Secretary Howard Lutnick now says that Rolls Royce engines, other plane parts can come into the US TARIFF-FREE – and that the UK will be buying $10 BILLION of Boeing planes "later today."
— Eric Daugherty (@EricLDaugh) May 8, 2025
Liberation Day looking really good right about now.
Lutnick… pic.twitter.com/QWXuDGm327
Para o setor aeronáutico, as tarifas foram zeradas para aeronaves e motores. A Rolls-Royce foi citada junto à Boeing como exemplo de empresas dos dois países que podem se beneficiar do novo acordo — o que sugere que a encomenda a ser anunciada ainda hoje será de jatos equipados com motores fabricados no Reino Unido.
Caso isso se confirme, é bastante provável que a compra envolva jatos 787 Dreamliner, já que, entre os modelos atualmente produzidos pela Boeing, esse é o único que oferece a opção de motores Rolls-Royce, no caso o modelo Trent 1000. Os jatos 737 MAX e 777X utilizam, respectivamente, motores CFM (t venture da americana GE com a sa Safran) e o General Eletric GE9X.
Dado o volume da venda — que, segundo o secretário Lutnick, é de US$ 10 bilhões em valores de tabela —, espera-se que a compra tenha sido feita pela British Airways ou pela Virgin Atlantic. Ambas já operam o 787 com motores Rolls-Royce e são, hoje, as únicas companhias britânicas com porte suficiente para justificar uma aquisição dessa magnitude.
Considerando que os preços de tabela da Boeing para o 787 variam de US$ 250 milhões (modelo -8) até US$ 340 milhões (modelo -10, o maior da família), estima-se que o pedido envolva entre 30 e 40 unidades do Dreamliner. Também é esperado que o pedido incluia mais um tipo de aeronave, sendo bem provável um mix de jatos Dreamliner e 777X, considerando o histórico de pedidos recentes da própria Boeing para aéreas do porte da British e da Virgin.
