
A JHSF Participações, empresa especializada no setor de alta renda, anunciou os resultados financeiros dos seus negócios referentes ao primeiro trimestre de 2025 (1T25).
No segmento aeroportuário, o São Paulo Catarina Aeroporto Executivo Internacional registrou lucro líquido de R$ 31,8 milhões no 1T25, o que representa crescimento de 151,3% sobre o resultado de R$ 12,6 milhões do mesmo período do ano anterior.

A Receita do aeroporto segue sua trajetória de crescimento, em R$ 25,9 milhões (+64,1%) diante dos fortes indicadores operacionais do ativo (+48,6% em movimentos e +29,5% de litros abastecidos).
O Custo cresceu em virtude da evolução das operações, para R$ 1,7 milhão (+536,6%), contudo, com ganho de margem bruta, por conta dos custos fixos que são diluídos ao o que as atividades operacionais evoluem. O custo mais representativo é o variável referente a compra de combustível para a revenda.
As Despesas Operacionais Consolidadas caíram devido ao registro em Outros Resultados Operacionais das receitas provenientes do GAT GRU.
No Ebitda Ajustado são consideradas algumas despesas de natureza não-caixa e/ou não-recorrentes, além das PPIs referentes ao hangares do Aeroporto. Das despesas não-caixa, no trimestre, foram ajustados créditos PIS/Cofins.
A variação do Resultado Financeiro ocorreu devido à variação cambial negativa no trimestre de algumas dívidas em dólar do segmento, ocasionando em receita financeira no período, sem efeito caixa.
A queda na linha de Imposto de Renda e CSLL é fruto do maior registro de impostos diferidos oriundos da apreciação das PPIs.
Segundo a JHSF, a estratégia é crescer de forma cadenciada a capacidade de hangaragem e atendimento do Aeroporto. O NOI anual da operação em 2025, considerando o resultado do GAT GRU é de cerca de R$ 115,9 milhões.
Atualmente, o Aeroporto conta com 12 hangares distribuídos em 36.345 m², somados a 56.517 m² de pátios, divididos em espaços para hangaragem de clientes finais e MROs (“Maintenance, Repair and Operation”). No momento, o Aeroporto possui MROs dos principais fabricantes, como Bombardier, Dassault, Gulfstream e Pilatus, consolidando-se como um relevante hub para a manutenção de aeronaves.
A capacidade de hangaragem atual está totalmente ocupada (aproximadamente 150 aeronaves). Com isso, uma nova expansão de capacidade está em curso. Estão sendo construídos 4 novos hangares, além de uma nova área de apoio a tripulação. Após a conclusão das obras, o Aeroporto ará de 12 para 16 hangares.
O Aeroporto, que já é o maior em número de movimentos internacionais executivos do estado de São Paulo, com mais de 70% do mercado (considerando a operação do GAT GRU), se consolidou também como o segundo maior em movimentos domésticos executivos, considerando os aeroportos de grande porte que atendem a aviação executiva.
No trimestre, foram investidos cerca de R$ 11,9 milhões no Aeroporto, basicamente relacionados a expansão dos hangares e melhorias.