
A Associação Internacional de Transporte Aéreo (IATA) voltou a apresentar ontem, 13 de setembro, um posicionamento sobre uma nova evolução na diminuição forçada de voos imposta ao Aeroporto Schiphol, da Amsterdã, nos Países Baixos.
Desta vez, a associação, que representa cerca de 300 companhias aéreas, ou 83% do tráfego aéreo mundial, reagiu à confirmação das reduções nos slots (horários de pousos e decolagens) a partir do verão de 2024, pelo coordenador holandês de slots em Schiphol.
O vice-diretor geral da IATA, Conrad Clifford, foi quem emitiu um pronunciamento em nome da associação, afirmando que a notícia confirma os piores receios e que o setor não pode deixar que a situação seja “helaas, pindakaas” [uma das mais populares expressões no dia a dia na língua holandesa, que quer dizer que não há nada de errado, que não há motivo para entrar em pânico].
Veja a seguir, na íntegra, o posicionamento da IATA.
“A notícia de que as companhias aéreas que operam em Schiphol perderão slots a partir do verão de 2024 confirma os nossos piores receios sobre os efeitos do corte forçado no número de voos no aeroporto.
É aqui que os planos mal pensados do Governo se tornaram realidade: menos destinos e menos opções de escolha, resultando em menos viajantes, perda de emprego e redução do investimento para os Países Baixos.
Não podemos permitir que esta situação seja “helaas, pindakaas”. Muito mais está em jogo. Os empregos atuais e a prosperidade dos Países Baixos no futuro serão prejudicados por esta decisão.
Este governo interino holandês, sem qualquer mandato democrático, está ateando fogo à sua própria loja. Mas a Comissão Europeia poderia e deveria agir em defesa dos seus próprios regulamentos. E este é certamente o sinal de alerta que outros governos precisam para lembrar aos Holandeses das suas responsabilidades ao abrigo do direito internacional e dos acordos bilaterais de serviços aéreos.
Entretanto, o nosso recurso para o Tribunal de Cassação ainda não foi ouvido. Esperamos que o tribunal decida rapidamente sobre a legalidade do ‘Regulamento Experimental’ que está causando esta confusão.”