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Abate do Boeing 737 ucraniano pelo Irã completa cinco anos sem prisões

Hoje marca o quinto aniversário do trágico abatimento do voo PS752 da Ukraine International Airlines, que foi atingido por dois mísseis disparados pelo Corpo de Guarda Revolucionária Islâmica do Irã, resultando na morte de 176 pessoas.

O abate do 737-800 ocorreu em 8 de janeiro de 2020, no espaço aéreo iraniano, e vitimou cidadãos da Ucrânia, Canadá, Suécia, Reino Unido, Afeganistão e do próprio Irã.

Militares da Guarda Revolucionária Iraniana operavam bateria de fabricação russa Tor M-1, na cidade de Teerã, e confundiram o Boeing com um suposto caça israelense, apesar de que o jato comercial tem radar muito distinta de um avião militar e estar saindo da capital iraniana, e não entrando no espaço aéreo.

O Irã inicialmente negou que a aeronave tivesse sido abatida por seus militares, mas ados três dias itiu a responsabilidade, afirmando que iria punir os responsáveis, mas nunca trouxe provas sobre a investigação interna e/ou divulgou nomes dos militares que dispararam contra o Boeing. O país inclusive já foi vítima do mesmo tipo de abate, quando um Airbus A300 da Iran Air foi abatido em 1988 por um cruzador americano, mas neste caso os EUA reconheceram o erro, afastaram os militares e pagaram indenização às vítimas.

Em declarações oficiais publicadas hoje, os governos da Ucrânia e do Reino Unido reafirmaram seu compromisso em buscar transparência, justiça e responsabilização pelo crime.

Ucrânia: “Justiça é de Importância Extrema”

O governo ucraniano foi contundente ao acusar o Irã de violar gravemente normas do direito internacional. “A República Islâmica do Irã matou 176 pessoas a bordo do voo PS752, usando armas contra uma aeronave civil em pleno voo e falhando em garantir uma investigação transparente e objetiva ou a devida responsabilização dos culpados”, afirmou o comunicado.

As autoridades ucranianas também destacaram que, em conjunto com Canadá, Suécia e Reino Unido, iniciaram processos contra o Irã no Conselho da Organização de Aviação Civil Internacional (ICAO) e submeteram um Memorial ao Tribunal Internacional de Justiça em outubro de 2024, documentando violações do Irã à Convenção de Montreal. “A impunidade por crimes ados encoraja o Irã e a Rússia a cometerem novas violações do direito internacional. Por isso, atingir a justiça é de extrema importância”, concluiu, citando os abates do Boeing 777 da Malaysian em 2014, e o mais recente do Embraer E190 da Azerbaijan Airlines também derrubado pela Rússia.

Reino Unido: “Isso Não Pode Permanecer”

Em declaração complementar, um porta-voz do Ministério das Relações Exteriores, Commonwealth e Desenvolvimento do Reino Unido também condenou a recusa do Irã em assumir total responsabilidade legal pelo ocorrido. “Por cinco anos, o Irã se recusou a aceitar plena responsabilidade legal pelo abatimento, apesar de itir que suas forças militares derrubaram o PS752. Isso não pode permanecer”, afirmou.

O governo britânico reiterou seu compromisso com a busca de justiça através do Tribunal Internacional de Justiça e da ICAO, e destacou sua postura firme em responsabilizar o regime iraniano por suas violações do direito internacional.

Carlos Martins
Carlos Martins
Fascinado por aviões desde 1999, se formou em Aeronáutica estudando na Cal State Long Beach e Western Michigan University. #GoBroncos #GoBeach #2A

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