
A companhia aérea saudita de baixo custo Flyadeal, que atualmente opera um único Airbus A330 sob regime de wet leasing, planeja encomendar aeronaves A330 ou Boeing 787 até o final de 2024. “Estamos avaliando um pedido, que esperamos anunciar até o final do ano”, afirmou Steven Greenway, CEO da Flyadeal, à Aviation Week.
Atualmente, a Flyadeal opera 35 aeronaves A320, além do A330 alugado com tripulação, utilizado para voos fretados religiosos. Greenway planeja expandir essa atividade e introduzir aeronaves de fuselagem larga em operações regulares, conforme necessário. “Existe um mercado, e vamos explorá-lo”, disse ele.
Os dois modelos de fuselagem larga em avaliação são o A330 e o 787, descartando o A350 por ser “grande demais”. As aeronaves serão configuradas com uma pequena cabine , mas o foco será na densidade da cabine, com Greenway comparando a experiência ao de um “serviço de ônibus”.
Segundo Greenway, ambos os modelos possuem vantagens. A transição da tripulação do A320 para o A330 requer apenas 10 dias de treinamento, facilitando a integração. Além disso, a Saudia, empresa-mãe da Flyadeal, já opera o 787, mas não há possibilidade de realocar aeronaves de seu pedido atual. “Isso irá complementar o que a Arábia Saudita já fez”, acrescentou.
Para o próximo ano, a Flyadeal espera operar “várias” aeronaves de fuselagem larga sob regime de wet leasing, enquanto aguarda a entrega dos novos modelos encomendados, informou o Aviacionline.
Este movimento faz parte do plano da Flyadeal de expandir sua frota de 35 para 88 aeronaves nos próximos quatro anos. Mais três A320 estão programados para serem entregues até o final do ano, com novas entregas mensais durante os próximos quatro anos, totalizando 88 aeronaves, com a aposentadoria do A320ceo.
No primeiro trimestre de 2026, a companhia também receberá o primeiro dos 29 A321, configurados com 240 assentos. As aeronaves de fuselagem larga serão utilizadas em rotas que excedam o alcance do A321.
Atualmente, 80% da rede da Flyadeal é doméstica e 20% internacional. Com a chegada das novas aeronaves, esse percentual ará para 65% doméstico e 35% internacional. Todas as rotas com até 5 horas de duração estão sendo avaliadas, mas o foco será a cobertura e a profundidade da rede, e não o número de “pontos-chave no mapa”.
Embora destinos europeus estejam “na lista”, eles não são prioridades. Greenway descreveu a Europa como “hostil à aviação”, devido aos impostos e regulamentações. Em vez disso, a Flyadeal concentrará seu crescimento no Conselho de Cooperação do Golfo, onde ainda há “muito espaço para crescimento”.
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