
A Aerolíneas Argentinas anunciou que tomará medidas legais contra os sindicatos de pilotos, APLA, e de tripulantes, AAA, em resposta às recentes demonstrações de força que resultaram em prejuízos superiores a 2 milhões de dólares para a companhia.
Essas medidas, inicialmente apresentadas como “assembleias informativas”, foram vistas como abusivas e ilegais pela empresa, que agora busca responsabilizar os líderes sindicais pelas perdas sofridas, especialmente pelo lucro cessante e pelos reclamos de ageiros afetados.
Particularmente, a Aerolíneas Argentinas denunciará Pablo Biró, representante da APLA, e Juan Pablo Brey, da AAA, como responsáveis diretos pelas ações prejudiciais. O caso de Biró é ainda mais delicado, uma vez que ele faz parte do Conselho de istração da empresa.
A companhia alega que, ao agir contra os interesses da Aerolíneas e fazer declarações públicas que a prejudicaram, Biró violou suas obrigações fiduciárias.
De acordo com o artigo 59 da Lei Geral de Sociedades, ele pode ser responsabilizado de forma “ilimitada e solidariamente” pelos danos resultantes de suas ações ou omissões. Com isso, a Secretaria de Transporte, acionista majoritário da companhia, solicitará as ações necessárias para iniciar o processo de expulsão do diretor.
Além dessas medidas, a Aerolíneas implementou mais de 400 descontos a pilotos, copilotos e tripulantes por descumprirem suas obrigações e prejudicarem a programação dos voos. Os descontos têm valores médios de 150 mil pesos por dia para pilotos e 50 mil pesos por dia para tripulantes.
A Aerolíneas Argentinas afirma estar comprometida em minimizar complicações nos itinerários de viagem de seus ageiros e continuará a denunciar ações sindicais que, segundo a companhia, são deliberadamente projetadas para prejudicar os clientes.