
O Aeroporto de Maricá, localizado no estado do Rio de Janeiro, está ando por melhorias significativas em sua pista, que contará com uma nova cobertura asfáltica contendo grafeno.
O grafeno, material de alta tecnologia que vem ganhando destaque em diversas áreas, será adicionado na última camada do asfalto da pista, aumentando sua resistência e durabilidade, e reduzindo a necessidade de reparos frequentes.
Segundo Frederico Ferreira, coordenador do Sistema de Gerenciamento de Segurança Operacional, o grafeno atuará como um aditivo reforçando a pista, tornando-a mais resistente às intempéries e ao impacto de aviões e helicópteros. “A nova cobertura é muito mais resistente a intempéries e forças, como a dos aviões e helicópteros pousando. Isso leva a menor necessidade de reparos, conferindo mais confiabilidade ao Aeroporto de Maricá“, explica Ferreira.
Com 1.190 metros de comprimento, a pista do aeroporto está ando por uma série de obras que visam garantir maior segurança e eficiência na operação. A adição do grafeno é um o importante para o aeroporto, que já está ando por uma ampliação geral de suas instalações. Como parte dessa expansão, está sendo construída uma nova área para helicópteros, o Pátio 4, além de quatro novos hangares e pistas de taxiamento, com foco no atendimento ao mercado offshore.
Enquanto a obra na pista está em andamento, o programa Voa Maricá, que realizava voos diários ligando a cidade a São Paulo com aeronaves da Azul Conecta, foi pausado temporariamente. A previsão é de que o serviço seja retomado no início do segundo semestre. No entanto, os voos offshore, realizados por helicópteros para as plataformas de petróleo, continuam normalmente.
O grafeno utilizado na pista será na forma de óxido de grafeno, um derivado mais ível e com várias vantagens. O material é conhecido por ser extremamente resistente, mais forte que o diamante, e por ter um peso extremamente leve — com 1 metro quadrado pesando menos de um grama. Além disso, o grafeno é flexível, mais resistente do que a fibra de carbono, e possui propriedades à prova d’água, o que evita a corrosão do material.
O grafeno, descoberto em 2004 pelos pesquisadores Andre Geim e Konstantin Novoselov, foi premiado com o Nobel de Física em 2010. A aplicação desse material no setor de infraestrutura é uma das mais recentes inovações que prometem transformar a durabilidade e a eficiência de diversas construções.
Com Informações da Codemar