
Um manipulador de bagagens que conseguiu um emprego em uma grande companhia aérea dos Estados Unidos, na região de Nova York, usou documentos falsificados de serviço militar para obter períodos prolongados de licença, enquanto continuava a usar os benefícios de voos gratuitos. Ele fez 130 voos gratuitos ou com grandes descontos para destinos luxuosos como Aruba, Grand Cayman, Turks and Caicos e St. Maarten.
Dior Jay-Jarret foi preso e acusado de fraudar a companhia aérea, não identificada, em mais de US$ 70.000 (cerca de R$ 400.000) em agens aéreas durante um período de três anos, após a empresa descobrir fotos que ele postou de suas férias em Cabo San Lucas, no México, quando deveria estar trabalhando.
Durante esse período, Dior também conseguiu um emprego como Agente Federal de Aviação, enquanto ainda trabalhava como manipulador de bagagens, equilibrando as duas funções ao tirar licença militar falsa, conforme alegado pelo Procurador-Geral Interino dos EUA, Matthew Podolsky.
A fraude teria começado em outubro de 2021, quando, ainda em serviço ativo no Corpo de Fuzileiros Navais dos EUA, Dior começou a trabalhar como manipulador de bagagens para a companhia aérea. Apenas uma semana após o início do treinamento, Dior teria usado um documento forjado, alegando uma missão militar, para obter uma licença de oito meses.
A fraude se repetiu em junho de 2023, quando Dior novamente falsificou ordens de envio militar para obter dois anos e meio de licença, apesar de já ter deixado o Corpo de Fuzileiros Navais em novembro de 2022.
Nesse ponto, no entanto, Dior também conseguiu um emprego como Agente Federal de Aviação, mentindo para os recrutadores sobre seu cargo como manipulador de bagagens e conseguindo trabalhar para o Departamento de Segurança Interna apenas porque estava em um período prolongado de licença militar.
Os promotores afirmam que, durante seu tempo de licença militar, Dior conseguiu fazer 130 voos como ageiro comum, que teriam custado US$ 70.000, viajando para diversos destinos em classe executiva de graça, incluindo Los Angeles, Londres, San Diego, Dublin, Las Vegas e Trinidad e Tobago.
Alguns destinos foram visitados mais de uma vez: Dior viajou para Antigua cinco vezes, Aruba e Bermuda três vezes cada, e Curaçao, Barbados e Belize três vezes também, conforme detalha o PYOK.
“Como alegado, Jay-Jarret — um oficial da lei federal que atualmente serve como Agente Federal de Aviação no Departamento de Segurança Interna — acumulou milhares de dólares em voos gratuitos ou com desconto, enquanto fingia estar em missões militares ao redor do mundo“, disse Podolsky após a audiência de Dior. “Ele fez isso enquanto jurava proteger e servir o público. Oficiais de segurança federal são responsáveis por cumprir nossas leis e serão responsabilizados quando as violarem.“
Assim que a companhia aérea começou a suspeitar das ações de Dior, a polícia foi chamada e ele acabou sendo entrevistado em setembro de 2024. Durante a entrevista, Dior teria itido falsificar ordens militares para obter licença, mesmo estando já aposentado do Corpo de Fuzileiros Navais.
Se for condenado, Dior pode enfrentar uma pena máxima de 20 anos de prisão federal.
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