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A Airbus alertou seus 135.000 funcionários de que não poderá sobreviver às consequências da crise do coronavírus, a menos que tome medidas imediatas que podem envolver cortes mais profundos nos empregos.

O executivo-chefe da fabricante, Guillaume Faury, disse a seus colaboradores em um comunicado interno na sexta-feira, 24 de abril, que a fabricante de aviões está perdendo mais dinheiro do que nunca, e está considerando todas as opções para garantir a sobrevivência.
Segundo a Bloomberg, que teve o à mensagem de Faury, o CEO disse: “Estamos sangrando dinheiro a uma velocidade sem precedentes, o que pode ameaçar a própria existência de nossa empresa”. E completou: “Agora devemos agir com urgência para reduzir nossa perda, restaurar nosso equilíbrio financeiro e, finalmente, recuperar o controle de nosso destino”.
No início deste mês, a Airbus havia dito que reduziria em um terço o número de aviões fabricados, já que as restrições de viagens minaram drasticamente a demanda por novas aeronaves, fazendo várias companhias aéreas a pedirem o atraso ou o cancelamento das entregas de novos aviões em suas frotas.
A fabricante já adiou os planos de adicionar outra linha de montagem para o modelo A321 em sua sede em Toulouse, na França, e também diminuiu o ritmo do A220. Adicionalmente, na última sexta-feira (24), a empresa suspendeu o projeto E-Fan X com a Rolls-Royce para aeronaves elétricas híbridas.
“Em apenas algumas semanas, perdemos cerca de um terço dos nossos negócios. E, francamente, esse não é o pior cenário possível”, disse Faury.
A Airbus planeja divulgar seus resultados financeiros mais recentes na quarta-feira, 29 de abril. Especialistas sugerem que ela poderá revelar cortes de empregos nesse momento.
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