
A Força Aérea Nacional de Angola (FANA) acaba de receber a primeira das suas aeronaves C295, marcando um o significativo na modernização de suas capacidades operacionais. Configurada para missões de transporte, a aeronave permitirá à FANA executar uma série de tarefas táticas, incluindo transporte de carga e tropas, paraquedismo, lançamento de cargas e missões humanitárias.
Como informa o Aviacionline, as demais aeronaves C295, que Angola espera receber, estarão configuradas para vigilância marítima (MSA).
Angola se junta a um grupo de 10 operadores africanos do C295, consolidando a liderança deste modelo de transporte tático médio no continente. No total, essas nações encomendaram 44 aeronaves da Airbus.
O Egito lidera globalmente a frota com 24 aviões, posição que mantém até ser potencialmente ultraado pela Índia. A trajetória do C295 na África começou em 2004 com a Argélia, que foi o primeiro país africano a adquirir essa aeronave e hoje conta com seis unidades configuradas para transporte.

Vinte anos após sua introdução na região, o C295 continua a atrair interesse tanto para grandes frotas quanto para operadores menores. O Gabão, um dos clientes mais recentes, já recebeu sua primeira aeronave.
Desde 2018, a África tem encomendado novos C295s anualmente. Em 2018, a Costa do Marfim fez um pedido, seguida por Burkina Faso um ano depois. Mesmo em 2020, com a crise provocada pela COVID-19, Mali destacou a performance excepcional do C295, adquirindo uma unidade adicional. Entre 2021 e 2023, Senegal, Angola e Gabão também ampliaram suas frotas.
Até o momento, as frotas africanas do C295 acumularam mais de 100.000 horas de voo desde que começaram a operar em 2005.
Primeiros MSAs no Continente
Em breve, Angola será o primeiro país africano a operar o C295 na configuração de Aeronave de Vigilância Marítima (MSA). Esta aquisição inclui duas unidades configuradas especificamente para missões de vigilância marítima e terrestre, busca e resgate, bem como controle da pesca ilegal.
Equipadas com duas consoles FITS, o sistema tático totalmente integrado da Airbus para vigilância marítima, essas aeronaves oferecem flexibilidade para o transporte de carga e pessoal, além de evacuação médica em contextos de desastres ou zonas de conflito.
A adição dessas aeronaves modernas não apenas melhora as capacidades operacionais da FANA, mas também alinha Angola com as melhores práticas de vigilância e segurança marítima no continente africano. Este movimento sublinha o compromisso do país em fortalecer a segurança nacional e aumentar a eficácia em missões críticas.