A Airbus, maior fabricante de aviões do mundo, está enfrentando nova pressão em seu plano de aumentar a produção de jatos de ageiros, conforme luta para superar contínuos problemas de falta de peças e mão de obra, segundo fontes da indústria pela Reuters.
Não está claro de imediato se a desaceleração colocaria em risco as metas gerais de entrega para 2024, já que as entregas ficam aquém das decisões de produção em alguns meses. Mas as fontes afirmam que a montagem de várias dúzias de jatos poderia ser adiada no segundo semestre. Muitas companhias aéreas poderiam ver as entregas individuais – já atrasadas em uma média de 1,5 mês – atrasar ainda mais.
A Airbus se recusou a comentar além de reiterar a meta de entrega de 800 aviões para 2024 revelada em seus últimos resultados trimestrais. As ações da empresa recuaram cerca de 2% após a notícia.
A fabricante planeja aumentar a produção subjacente de aeronaves em cerca de 50%, para 75 aviões de corredor único por mês em 2026. Espera-se que quaisquer atrasos possam ser recuperados a tempo de atingir a meta de médio prazo, mas a margem para atrasos está diminuindo.
Nos bastidores, a Airbus realiza reuniões mensais para alinhar a produção industrial à demanda de vários anos à frente. As peças são geralmente encomendadas com 12 a 13 meses de antecedência para aeronaves de corredor único padrão, como o A321neo, muito procurado, ou mais para variantes que exigem mais personalização. No entanto, os prazos de entrega para algumas peças escassas, como forjamentos, mais do que dobraram, para até dois anos.
As previsões contínuas são transformadas em planos de produção fixos para aeronaves específicas nos próximos três meses e, em seguida, ajustes finais são feitos mensalmente.
