
A Airbus está prestes a inaugurar sua segunda linha de montagem do A320neo em Mobile, Alabama, prevendo que as operações estejam em pleno funcionamento no terceiro trimestre deste ano.
Ao mesmo tempo, a companhia mantém seu objetivo de aumentar a produção do A220 para 14 unidades mensais até 2026, mesmo diante das persistentes dificuldades na cadeia de suprimentos que ainda afetam a indústria.
Robin Hayes, CEO da Airbus na América, confirmou em uma entrevista durante a conferência MRO Americas, realizada em Atlanta, que a empresa está em processo de acelerar a instalação da terceira linha e espera que ela esteja operacional em breve.
A unidade de Mobile foi inaugurada há dez anos com uma única linha de montagem do A320, e em 2020, uma linha do A220 foi adicionada, complementando a produção que já ocorre em Mirabel, no Canadá.
Os planos para a nova linha do A320neo foram anunciados em 2022, com a expectativa inicial de que começasse a operar no segundo trimestre de 2025.
Hayes reafirmou que a Airbus continua focada na meta de produzir 14 A220s combinados nas fábricas de Mirabel e Mobile até 2026. No entanto, os números mostram que a empresa ainda tem um longo caminho pela frente; no primeiro trimestre de 2025, foram entregues apenas 17 A220s, e no total de 2024, o número chegou a apenas 75 unidades.
Apesar da ambição de aumentar a produção, a Airbus enfrenta um fluxo contínuo de problemas na cadeia de suprimentos, agravados pela pandemia de Covid-19, que ainda impactam a produção.
Em 2024, a fabricante entregou 766 aeronaves, uma meta inferior às 800 unidades que haviam sido planejadas anteriormente. Para 2025, a meta é de 820 entregas e Hayes expressou otimismo quanto a alcançar esse objetivo.
Importante notar que as limitações atuais na produção não são atribuídas a escassez de motores Pratt & Whitney PW1100G ou PW1500G, utilizados nos modelos A320neo e A220, respectivamente.
Apesar dos problemas decorrentes de um recall envolvendo componentes metálicos defeituosos, Hayes assegurou que a Pratt & Whitney tem entregado os motores conforme o cronograma, não sendo um obstáculo para a produção da Airbus.