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Uma das principais clientes da Embraer, a companhia aérea norte-americana Alaska Airlines decidiu adiar a entrega de dois novos jatos E175-E1.
Com sede em Seattle, no estado de Washington, a companhia opera atualmente 87 jatos Embraer E175-E1, utilizados em voos regionais por toda a costa oeste dos Estados Unidos. O adiamento das entregas foi divulgado com exclusividade pelo Seattle Times e confirmado pela equipe do AEROIN no Brasil e nos EUA junto a fontes tanto da companhia aérea quanto da fabricante brasileira.
Em nota oficial enviada ao jornal americano, a Alaska afirmou que postergou as entregas e fez cortes na malha aérea devido ao “cenário econômico incerto”, acrescentando que não aceitará “custos adicionais impostos por tarifas”. A declaração faz referência à tarifa de 10% aplicada pelo então presidente Donald Trump a produtos fabricados no Brasil, aparentemente reada integralmente pela Embraer.
Como consequência, a Horizon Air — subsidiária regional da Alaska Airlines — cortará 14 voos diários ao longo de julho, um dos meses de maior movimento no setor aéreo norte-americano devido às férias escolares de verão.
Os dois jatos que tiveram as entregas adiadas já estão prontos na fábrica da Embraer. Com números de série 17000992 e 17000995, receberão as matrículas N668QX e N669QX, respectivamente, assim que forem entregues à Alaska. Ambas as aeronaves já completaram todos os voos de teste e aguardam apenas o voo de aceitação, realizado por pilotos da Horizon com o acompanhamento de técnicos da Embraer.
Até o momento apenas a Alaska tomou uma decisão em relação ao recebimento de jatos E175, que é o líder absoluto no mercado regional americano. Inicialmente a Embraer não viu grandes problemas no Tarifaço de Trump. Entramos em contato com a fabricante para obter mais informações, e a Embraer disse que não vai comentar “sobre o impacto de tarifas em clientes específicos“.