Na quarta-feira do dia 12 de outubro, o voo 288 da American Airlines, de Xangai para Chicago, enfrentou problemas no seu motor de número 2 e foi obrigado a alternar para a remota cidade de Cold Bay. Até aí seria algo previsto, a não ser pelo fato de que a cidade possui pouco mais de 40 habitantes e fica em uma das áreas mais remotas do Alasca.
Após pouco mais de 8h de voo, no meio do Oceano Pacífico, o motor direito, modelo General Electric GEnx-1B, apresentou problemas e a tripulação decidiu que seria necessário pousar assim que possível.
O aeroporto mais próximo era o de Cold Bay. A aeronave estava com 100 ageiros e 14 tripulantes, número quase que o triplo da população da pequena cidade do Alasca, que é oficialmente a cidade mais nebulosa dos EUA, segundo o serviço meteorológico do país.

Duas horas após o pouso, um time de mecânicos da American veio de Seattle para dar apoio à tripulação.
Durante a madrugada do dia 13, a Alaska Airlines, companhia parceira da American, levou um dos seus 737 de Anchorage para Cold Bay para buscar os ageiros e parte da tripulação, sendo que três dos quatro pilotos ficaram em solo para levar o avião de volta para a base da American Airlines.
Alguns ageiros disseram que o Boeing voou durante 1h com apenas um motor, algo que é certificado para o 787, mas a American não confirmou esta informação.
Assim que chegaram em Anchorage, a maior cidade do Alasca, os ageiros foram alocados em hotéis. Horas depois, a American enviou um Boeing 757-200 de Dallas para levar os ageiros para seu destino final, Chicago.

Com os mecânicos da American em Cold Bay, foi possível detectar o problema. A General Eletric, fabricante do motor, foi ada e enviou a peça solicitada pelos mecânicos juntamente com o seu pessoal, desde Cincinnati, Ohio, até o Alasca, com escala em Seattle.
Quatro horas após a chegada da peça, já no dia 14, o Boeing 787-8 de matrícula N812AA voou para a base de manutenção da American em Dallas, para uma inspeção mais detalhada.
Entre o pouso do 787 em Cold Bay e seu regresso à base em Dallas, foram 40 horas desta operação de resgate da American Airlines. Após uma inspeção em Dallas, o Boeing voltou para sua operação regular entre Xangai e Chicago, ainda na sexta, dia 14.
Confira abaixo um mapa, em inglês, mostrando a logística aérea para o resgate da aeronave e seus ocupantes:
Informações pelo Blog do FlightRadar24 e pela emissora KTVA Alaska.