
A chamada “Aliança do Nordeste”, nos Estados Unidos, durou pouco e terá que acabar após uma decisão judicial alegar prejuízo ao consumidor. Formada pela JetBlue, irmã da brasileira Azul e fundada pelo brasileiro-americano David Neeleman, e pela American Airlines, a aliança focava nos voos em torno da área de Boston e Nova Iorque.
Com um grande acordo de compartilhamento de voos, as companhias fortaleceram a sua presença na região e ofereceram benefícios aos seus ageiros, como bilhete único para duas empresas, transferência automática de bagagem e pontuação de milhagem.
Para o juiz Leo Sorokin, as alegações da promotoria federal sobre aumento de preços e possível monopólio são reais, já que as duas empresas apenas fizeram o acordo para diminuir a presença da Delta Air Lines primeiramente, mas também da United Airlines.
A ação foi movida pelo próprio Departamento de Justiça a pedido do Presidente Joe Biden e do Secretário de Transportes Pete Buttigieg, que tem feito vários movimentos para regular o setor de aviação e aumentar direitos dos consumidores, atacando as decisões das companhias aéreas.
As empresas agora terão 30 dias para desfazer a aliança bem no começo da alta temporada de verão, a mais importante para o setor aéreo americano. Antes da parceria, a American era a maior empresa aérea em Nova Iorque e a JetBlue a maior low-cost em Boston e na “Big Apple”.
A JetBlue, por sua parte, já não mostrava tanto interesse na aprovação desta aliança, visto que está empenhada na compra da Spirit Airlines e foca na aprovação desta fusão.