Investigadores da explosão do motor de um A380 da Air em 2017 estão estudando uma possível falha de fabricação em uma peça recém-resgatada do gelo, em um movimento que pode disparar inspeções urgentes em dezenas de superjumbos da Airbus.

A explosão sobre a Groenlândia, que deixou a aeronave sem a região frontal de um motor, vem sendo investigada há 2 anos e agora teve seu foco mudado para o recém-recuperado “fan hub”.
A parte de liga de titânio é a peça central de um “ventilador” de 3 metros de diâmetro dos motores GP7000 construídos pela Engine Alliance, empresa de co-propriedade da General Electric com a United Technologies da Pratt & Whitney.
O fan hub ficou sob o gelo da Groenlândia desde setembro de 2017, quando um dos quatro motores do voo 66 da Air se desintegrou abruptamente na rota de Paris para Los Angeles. A peça foi recuperada do gelo em junho, depois de uma pesquisa de radar aéreo de alta tecnologia.

Com o avanço da investigação, a agência sa de acidentes aéreos BEA disse ter descoberto uma “rachadura por fadiga subsuperficial” na parte recuperada e que a fabricante de motores estava preparando checks a serem executados.
Segundo pessoas familiarizadas com o assunto disseram à Reuters, a ocorrência de rachadura está sendo associada a uma suposta falha de fabricação e as verificações – a serem realizadas urgentemente em motores que realizaram certo número de voos – afetariam dezenas de A380.
A parte suspeita teria sido fabricada pela divisão da Pratt & Whitney no consórcio, mas a mesma recusou-se a comentar.
Os motores da Engine Alliance alimentam um total de 152 aeronaves, ou seja, pouco mais de 60% de todos os A380 em serviço. Além da Air , outras companhias aéreas que operam o A380 com os motores da Engine Alliance incluem a Emirates, a Qatar Airways, a Etihad e a Korean Air.
As verificações envolverão a retirada de alguns aviões de serviço, de acordo com uma fonte. As investigações ainda não estão encerradas e provavelmente abordarão outras características, como as cargas ou forças físicas envolvidas.
Informações pela Reuters.