
No começo desta semana, o Governo de Portugal demitiu o chefe executiva da transportadora estatal TAP Air Portugal após a publicação de um relatório de auditoria da Inspeção-Geral de Finanças (IGF), que investigou o pagamento irregular de indenizações por 500.000 euros a uma ex-membra do conselho executivo.
Como resultado, a CEO, Christine Ourmières-Widener, e o presidente da companhia aérea, Manuel Beja, foram demitidos “com justa causa”, sem direito a receber indenização, depois de a IGF ter concluído que o acordo de rescisão assinado com a ex-a, Alexandra Reis, era ilegal.
Uma das ações sendo pedidas é que Reis devolva o dinheiro recebido ilegalmente da empresa aérea, afirmou o ministro das Finanças, Fernando Medina, em conferência de imprensa no Ministério das Finanças, no dia 6 de março, citado pelo jornal Público. Do total que recebeu, ela terá de devolver 450.110 euros, que seria a parte alocada ilegalmente.
Christine Ourmieres-Widener, que é sa, tinha esclarecido na sexta-feira, dia 3 de março, que iria acatar as conclusões do relatório final da IGF sobre as indenizações pagas a Reis e também iria aceitar a decisão do executivo português, se ela resultasse em sua demissão.
No entanto, não é o que se vê agora. Após sair da empresa, a executiva acusou a análise “discriminatória” e insinuou que buscará oportunamente as “consequências jurídicas”. Segundo a mídia portuguesa, ela teria ficado perplexa ao saber que foi considerada a única pessoa diretamente envolvida no processo e “que não foi ouvida pessoalmente perante o IGF”. O assunto ainda vai longe.