
Após uma extensa investigação, a Airbus descobriu o que causou as rachaduras nas asas do A380. De acordo com a Aviation Week, o problema pode ser atribuído à combinação de altas temperaturas e umidade, que resulta no ataque do alumínio por vapor d’água na forma de hidrogênio.
O ocorrido foi descoberto no ano ado após vários aviões da Emirates estarem armazenados por muito tempo no Aeroporto Internacional de Dubai e no Dubai World Central (DWC). As rachaduras foram encontradas nas seções dianteira e traseira e em dois locais específicos onde as nervuras conectam as vigas.
Em resposta, a Airbus enviou 60 técnicos para Dubai para inspecionar as asas, enquanto a FAA e a EASA emitiram regulamentos para reparar o dano. Uma vez aterrados, os aviões foram levados para Manila, na Lufthansa Technik, e para Toulouse, na própria Airbus. Após um estudo mais minucioso, ficou evidente que o chamado “craqueamento por hidrogênio” estava ocorrendo.
A umidade presente nas asas se transforma em hidrogênio quando exposta a altas temperaturas, penetrando no alumínio e tornando-o mais quebradiço, resultando em rachaduras. O tipo de alumínio não está mais em uso na Airbus.
Em uma nova Diretriz de Aeronavegabilidade, a EASA estabeleceu que, para inspecionar as asas, não só a idade da aeronave é importante, mas também quanto tempo ela ou no solo e as condições climáticas às quais ela foi exposta. Além disso, o peso máximo de decolagem do A380 também deve ser levado em consideração separadamente, sendo que as aeronaves com mais de 510 toneladas devem ser verificadas com maior frequência.
A Emirates ainda tem alguns A380 armazenados no DWC, mas pretende recuperá-los nos próximos meses. A Qatar Airways também estacionou alguns aviões em Doha, mas eles provavelmente não necessitam mais de reparos. Aviões da Etihad e da Lufthansa também foram afetados e estão localizados em Teruel, na Espanha, e em Tarbes, na França.