
A primeira e maior companhia aérea de baixo custo do mundo terá mudanças drásticas na sua operação e gestão em breve. Com a ampliação da fatia de ações que são de propriedade da Elliott Management, um fundo “abutre” que quase comprou a Avianca Brasil (Oceanair) quando esta entrou em Recuperação Judicial, mudanças serão feitas na composição do conselho de acionistas da Southwest Airlines.
A empresa tentou batalhar para que as ações preferenciais não fossem vendidas, mas isto acabou não ocorrendo. O temor da istração atual da companhia é de que a influência pesada da Elliott mudasse o curso da empresa e a sua cultura, gerando insatisfação com os funcionários e clientes.
Este fundo é conhecido do mercado por fazer apenas investimentos de oportunidade e especialmente em empresas em situação delicada, tentando fazer mudanças drásticas para obter retorno rápido do dinheiro investido.
A Eliott já pediu uma reunião extraordinária do conselho da Southwest para a semana que vem, e foi clara ontem afirmando que “não apoia o curso atual da companhia, que está sendo feito de maneira fortuita por um grupo de executivos que estão no modo de autoproteção”. Distanciando de uma imagem de companhia descontraída e alegre, o fundo já pediu que seja abolido o uso de camisas polos e bermudas shorts, para tornar a Southwest Airlines mais formal.
Num comunicado enviado hoje para seus funcionários e obtido pela NBC News, a companhia aérea informou que vai reduzir o número de pessoal no Aeroporto Internacional de Atlanta, o maior do mundo em ageiros por ano e que segundo dados da Cirium, é o 14º mais importante da empresa, com 1,4 milhões de assentos ofertados em voos partindo e chegando nesta localidade.
Apesar de estar mais embaixo na tabela da própria empresa, é uma importante base, já que o Aeroporto de Atlanta é praticamente dominado pela companhia aérea local, a Delta Air Lines, sendo a Southwest o principal “contra-peso” na principal e maior cidade da Geórgia, oferecendo uma competição para a Delta.
O corte será de 200 comissários e 140 pilotos até abril de 2025. Estes tripulantes, porém, não serão demitidos, e sim transferidos para outras bases em estados diferentes. Em solo, a empresa terá 7 portões a menos, indo para 11 posições de embarque, e reduzindo de 37 para 21 cidades atendidas a partir de Atlanta com voos diretos.
“Apesar de tentarmos de tudo antes de fazer essas difíceis decisões, não podemos simplesmente continuar com perdas e precisamos fazer essa mudança para recuperar a nossa lucratividade. Esta decisão não é reflexo do desempenho dos nossos funcionários e somos orgulhosos da hospitalidade e esforços que eles têm feito e continuarão fazendo com nossos clientes em Atlanta”, afirmou a companhia no comunicado aos colaboradores.