
Recentemente, a empresa vietnamita Bamboo Airways entrou com um pedido junto às autoridades de seu país, para avaliação de seu futuro plano de investimentos. Nele, a companhia previa a compra de mais 70 aeronaves para atender à crescente demanda do Vietnã, cujo mercado ou décadas estagnado, mas que, até antes da pandemia, vinha mostrando um crescimento muito acima da média mundial.
Apesar de a pandemia ter afetado os negócios, o mercado ainda estaria subtendido quando ela for embora, sendo nisso o que a Bamboo Airways acredita. O problema é que seu plano de investimentos e crescimento, que lhe faria quase triplicar de tamanho em poucos anos, foi “podado” pelo Ministério dos Transportes local sob o argumento de que isso prejudicaria o mercado da aviação no país e, em especial, a companhia aérea estatal Vietnam Airlines, relata o noticiário Tuoi Tre, do Vietnã.
Nem o grande investimento de bilhões de dólares, propostos pela Bamboo, ajudaram a convencer as autoridades. O Ministério dos Transportes alegou que as companhias aéreas nacionais enfrentam grandes dificuldades e correm o risco de falência e, portanto, recomendou que se mantenha tudo como está, não permitindo que mais aeronaves sejam levadas ao Vietnã até que a demanda do mercado corresponda à capacidade operacional da frota atual de todas as empresas.
Por sua vez, a istração de Aviação Civil do Vietnã disse que considerará a proposta da Bamboo Airways em um momento posterior, quem sabe, em 2023, quando a aviação voltar a um patamar próximo de 2019.