window.tdb_global_vars = {"wpRestUrl":"https:\/\/aeroin.atualizarondonia.com\/wp-json\/","permalinkStructure":"\/%postname%\/"}; window.tdb_p_autoload_vars = {"isAjax":false,"isBarShowing":false,"autoloadScrollPercent":50,"postAutoloadStatus":"off","origPostEditUrl":null};

Avião Boeing 747 rejeita a decolagem quando já estava a 300 km/h sobre a pista e tem todos os pneus esvaziados

Reprodução conforme vídeo abaixo

Incidentes de rejeição de decolagem ocorrem por uma variedade de razões, mas o que aconteceu com um Boeing 747-400F da Sky Lease Cargo no dia 19 de abril, em Santiago, não é totalmente comum dada a velocidade em que a aeronave estava sobre a pista.

A aeronave, com registro N904AR e 19 anos de idade, estava programada para o voo GG-4550, uma jornada de mais de seis mil quilômetros de Santiago a Miami. Às 10h31, o jato alinhou-se na pista 17R e começou a acelerar.

Segundo dados do Airnav Radar, o avião alcançou uma velocidade máxima de 163 nós (aproximadamente 300 km/h), momento em que os pilotos decidiram rejeitar a decolagem.

Esse é um fato notável, pois rejeições de decolagem em alta velocidade são relativamente raras.

A decisão dos pilotos levou a uma parada em apenas 18 segundos, mesmo com um trecho da pista ainda disponível. Durante a frenagem, fumaça começou a sair dos pneus, e todos os 16 pneus do trem de pouso principal se deflacionaram. Os serviços de emergência foram acionados para garantir que não houvesse fogo.

Após a rejeição da decolagem, o avião permaneceu em solo em Santiago, e é provável que exija um trabalho considerável antes de retornar ao serviço. Essa situação não é ideal para a Sky Lease Cargo, que possui apenas duas aeronaves 747 em sua frota.

Em geral, rejeições de decolagem são mais comuns em velocidades mais baixas, quando os pilotos percebem que algo não está certo com os parâmetros da aeronave. Casos de rejeição em alta velocidade são menos frequentes e geralmente são considerados quando a velocidade atinge mais de 80 nós.

No entanto, neste caso, a aeronave atingiu 163 nós, que está próximo da velocidade de decolagem do 747. Os pilotos operam com uma velocidade chamada V1, que é considerada “o ponto sem retorno”, ou seja, a velocidade máxima em que uma decolagem pode ser rejeitada em caso de emergência. Para um 747, essa velocidade geralmente é inferior a 163 nós.

Apesar dos danos significativos aos pneus, todos os membros da tripulação conseguiram sair ilesos, evitando o que poderia ter sido uma situação muito mais grave.

Carlos Ferreira
Carlos Ferreira
Managing Director - MBA em Finanças pela FGV-SP, estudioso de temas relacionados com a aviação e marketing aeronáutico há duas décadas. Grande vivência internacional e larga experiência em Data Analytics.

Veja outras histórias

Vindo do Haiti e depois indo a Cuba, Airbus A320 da...

0
A Aruba Airlines é uma empresa baseada na paradisíaca Ilha de Aruba, nas Antilhas Holandesas, que disponibiliza seu Airbus A320 para