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Um avião da Azul Linhas Aéreas sofreu um incidente na madrugada desta quarta-feira, 10 de maio, no momento do pouso no Aeroporto Internacional Deputado Luís Eduardo Magalhães, de Salvador, Bahia.
A aeronave envolvida é a registrada sob a matrícula PS-AED, modelo E195-E2 da fabricante brasileira Embraer, quando finalizava o voo AD-4372, que decolou do Aeroporto Internacional de Viracopos, em Campinas (SP) às 23h27 da terça-feira e pousou no aeroporto da capital baiana à 01h24 (04h24 Z) desta quarta.
Um Embraer E195-E2 da Azul varou a lista em Salvador na madrugada. Apesar do incidente nenhuma pessoa ficou ferida.
— AEROIN (@aero_in) May 10, 2023
Até onde se sabe é o primeiro caso de Runway Excursion com um E2. pic.twitter.com/7AcUFhlzQT
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— Breaking Aviation News & Videos (@aviationbrk) May 10, 2023
O avião, com capacidade para 136 ageiros, pousou pela pista 17 do aeroporto, porém, os pilotos não puderam desacelerar por completo antes do final da cabeceira oposta, 35. Como resultado, o Embraer 195-E2 parou no gramado da área de segurança após o final da pista, no chamado incidente de “Excursão de Pista”.
A imagem a seguir mostra a posição aproximada do avião após a parada. Note a área preparada de segurança, livre de vegetações, que continua muito além de onde ficou o jato:



Em entrevista à TV Bahia, um dos ageiros contou sobre o susto. “Eles avisaram que estava perto que já ia pousar, orientou que colocasse os cintos. Mas quando fez o pouso, a frenagem não segurou, a pista molhada e acabou ultraando o limite da pista”, disse.
Os boletins meteorológicos (METARs) próximos ao horário do incidente indicam ventos de 2 a 3 nós (3,7 a 5,5 km/h), com direção variável, e chuva nas proximidades do aeroporto, com visibilidade horizontal de 8 km, evoluindo para visibilidade maior que 10 km:
METAR SBSV 100500Z VRB02KT 9999 SCT015 25/24 Q1013=
METAR SBSV 100400Z VRB03KT 8000 VCSH SCT015 FEW023TCU 25/24 Q1014=
Até o momento da publicação desta matéria, a companhia havia informado que “lamenta eventuais aborrecimentos causados e está prestando toda assistência necessária”.
Vale ressaltar que a aeronave pousou na pista auxiliar de Salvador, que tem 1.518 metros de comprimento, porque a pista principal, de 3.003 metros, está ficando fechada para manutenção entre 00h30 e 05h30.
Porém, esse aspecto é levado em conta durante o planejamento do voo, de maneira que o avião não teria pousado se sua capacidade de desaceleração não fosse suficiente para a parada completa e segura na pista auxiliar.
Até as 09h45 da manhã desta quarta-feira, o sistema do Departamento de Controle do Espaço Aéreo (DECEA) ainda indicava que a pista 17/35 estava fechada devido a aeronave acidentada (RWY 17/35 CLSD DEVIDO ACFT ACIDENTADA). Este comunicado do DECEA foi emitido às 02h38 (05h38 UTC), com previsão de continuar ativo ao menos até 17h00 (20h00 UTC).
A pista principal de Salvador, de cabeceiras 10/28, segue operando normalmente, sem impactos aos voos no aeroporto.
Nota: até o momento, o AEROIN está tratando a ocorrência como um incidente, porém, a depender das características e consequências, ele poderá ser caracterizado pelos investigadores como “Incidente”, “Incidente Grave” ou “Acidente”. A título de curiosidade:
– um “Incidente” é toda ocorrência associada à operação de uma aeronave em que haja intenção de realizar um voo, que não chegue a se caracterizar como um acidente, mas que afete ou que possa afetar a segurança da operação;
– um “Incidente Grave” é o incidente ocorrido sob circunstâncias em que um acidente quase ocorreu, estando a diferença entre ambos apenas nas consequências; e
– um “Acidente” é toda ocorrência relacionada com a operação de uma aeronave, havida entre o período em que qualquer pessoa entra na aeronave com a intenção de realizar um voo até o momento em que todas as pessoas tenham desembarcado, em consequência da qual:
— (1) qualquer pessoa tenha sofrido lesões graves ou morrido, exceto quando as lesões resultarem de causas naturais ou forem auto ou por outrem infligidas; ou
— (2) a aeronave tenha sofrido danos ou falha estrutural: (i) afetando adversamente a resistência estrutural, desempenho ou características de voo; ou (ii) exigindo substituição ou reparos importantes do componente afetado; ou
— (3) a aeronave tenha sido considerada desaparecida.
O AEROIN trará atualizações conforme mais informações se tornarem conhecidas.