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Avião já estava a mais de 220 km/h quando pilotos abortaram decolagem de pista de táxi, em incidente grave

Foto de Aero Icarus, CC BY-SA 2.0, via Wikimedia

Um avião Airbus A320 da Air India esteve envolvido em um incidente considerado grave, quando quase decolou de uma pista de taxiamento no Aeroporto de Manohar, em Goa, em 4 de dezembro de 2024.

O relatório final da Agência de Investigação de Acidentes de Aviões da Índia (AAIB) revelou que, apesar das condições claras e da equipe não estar sob pressão, o avião, registrado como VT-EXT, iniciou a decolagem na taxiway A, em vez de na pista designada.

Naquela noite, o controle de tráfego aéreo havia instruído a tripulação a taxiar para um ponto de espera na pista 28 e concedeu autorização para a decolagem. No entanto, a equipe alinhou-se na taxiway paralela A e iniciou a rolagem para decolagem.

“Logo após o início da rolagem para decolagem, o controle de tráfego aéreo suspeitou que a aeronave estava rolando em uma taxiway e instruiu a tripulação a abortar a decolagem,” afirma o relatório.

A tripulação abortou a decolagem a uma velocidade de 124 nós (229 km/h), antes que a aeronave alcançasse a velocidade V1. Não havia outras aeronaves ou veículos na taxiway durante o incidente, e o avião posteriormente taxiou de volta ao estacionamento.

Embora o incidente tenha ocorrido à noite, a visibilidade era boa e não houve erro de comunicação entre a tripulação e o controle de tráfego aéreo.

A coordenação da tripulação e a gestão de recursos da cabine foram consideradas eficazes. No entanto, o relatório indicou que o primeiro oficial estava lidando com um problema de em seu dispositivo de voo eletrônico (EFB) e com tarefas pré-decolagem. Isso o fez ficar com a cabeça baixa quando o piloto em comando, o comandante, iniciou a rolagem para decolagem.

Além disso, a equipe apressou-se em suas verificações pré-decolagem e não cruzou as referências visuais para confirmar que estavam na pista 28. O relatório também observou uma discrepância de experiência entre o piloto de 60 anos, que acumulou 21.500 horas no A320, e o primeiro oficial de 24 anos, que tinha apenas 140 horas de voo.

A AAIB ofereceu três recomendações de segurança após o incidente:

Otimização do EFB: As equipes de tecnologia da informação das companhias aéreas devem otimizar as configurações de modo de espera dos EFBs.

Verificação de Posição: As tripulações precisam cruzar suas posições usando o recurso de mapa em movimento do EFB.

Procedimentos de Decolagem: A Autoridade Aeroportuária da Índia deve incluir melhores procedimentos para liberar aeronaves para decolagem antes de chegarem ao seu ponto de espera final, e recomendações adicionais para sistemas de solo no aeroporto de Manohar.

    Carlos Ferreira
    Carlos Ferreira
    Managing Director - MBA em Finanças pela FGV-SP, estudioso de temas relacionados com a aviação e marketing aeronáutico há duas décadas. Grande vivência internacional e larga experiência em Data Analytics.

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