
O CEO da Latam Brasil, Jerome Cadier, reagiu vocalmente às insistentes declarações do CEO da Azul, John Rodgerson, sobre a possibilidade de compra da sua rival. A Latam já vinha negando tais especulações, mas perdeu a paciência a poucos dias da divulgação do seu plano de saída do Chapter 11.
Em uma publicação nas redes sociais, citando uma entrevista que deu ao O Globo, Cadier assim diz:
“Já disse algumas vezes: o Grupo LATAM vai emergir do processo de Chapter 11 mais forte, eficiente, competitivo e vai seguir investindo em mercados fundamentais como o Brasil. Recentemente, quem quer atrapalhar a saída deste processo tem especulado sobre o nosso futuro com notícias sem fundamento, falando sobre consolidação de mercado, quando todos sabemos que é preciso ter mais concorrência para que o brasileiro possa voar mais, com melhor qualidade, e principalmente, preços mais íveis.
“Por isso, reforço categoricamente: não há a menor intenção da LATAM em se desfazer da operação brasileira. Aliás, muito pelo contrário: voltamos a contratar (serão mais de 2 mil pessoas esse ano), teremos mais destinos no Brasil do que antes da pandemia (49 ao todo, sendo os novos: Jeri, Vitória da Conquista, Comandatuba, Juazeiro do Norte e Petrolina) e vamos encerrar o ano com praticamente 100% da nossa capacidade recuperada no País.
“Quem quer barrar isso, tem medo. Sabe que sairemos mais fortes e não querem perder monopólio. Continuar decolando cada vez mais por todos os brasileiros. É isso que nos faz voar!“
Obviamente, no “quem quer barrar isso”, ele está se referindo diretamente à Azul. Na matéria do O Globo, consta outra fala importante de Cadier:
“Eles estão minimizando as dificuldades e o tempo de aprovação. Mas esse é o jogo da Azul. Dificultar e encarecer a saída da Latam do Capítulo 11. Comprar mesmo, acho que eles sabem que é inviável do ponto de vista de prazo”.
As próximas páginas desse livro prometem emoções fortes. No meio de setembro, a Latam Airlines, enquanto grupo, deverá apresentar ao Tribunal americano seu plano de saída do Chapter 11, uma espécie de recuperação judicial regulada pela lei dos EUA.