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“BabyBus” rumo à extinção: TAROM se despede do Airbus A318 e só uma aérea no mundo voará o modelo

Foto de Julian Herzog, CC BY 4.0, via Wikimedia

Em meio a um processo de reestruturação, a companhia aérea romena TAROM anunciou a venda de seus quatro Airbus A318, um o que visa homogeneizar sua frota, que agora será composta exclusivamente por aeronaves Boeing 737 e ATR.

Como informa o Aviacionline, o A318, carinhosamente apelidado de “BabyBus”, foi por muito tempo o menor modelo da fabricante europeia, até a introdução da família A220.

A decisão da TAROM de se desfazer dos A318 segue um movimento mais amplo da companhia, que inclui o fechamento da maioria de seus escritórios de vendas na Romênia e a venda de seus slots no Aeroporto de Londres-Heathrow para a Qatar Airways.

De acordo com a nova estratégia, a empresa não pretende adicionar novos destinos até 2026. O estado romeno, que detém 97% da TAROM, está apoiando essas iniciativas de reestruturação, que incluem a venda de ativos e a otimização de rotas.

Apesar dessas mudanças, a TAROM tem demonstrado uma melhora financeira, conseguindo quitar dívidas acumuladas desde 2023 após uma boa temporada de verão. A frota da TAROM será reduzida para seis ATR 72, quatro Boeing 737-700 e quatro Boeing 737-800 até o final de outubro.

A História do Airbus A318: O “BabyBus”

O projeto do A318 começou nos anos 90 como AE31X, um esforço conjunto entre a Airbus e a Aviation Industries of China (AVIC), entre outros parceiros de Singapura e Itália, com o intuito de desenvolver uma aeronave de aproximadamente 100 assentos. Contudo, a falta de demanda no mercado regional, que era dominado por empresas como Bombardier e Embraer, levou ao abandono dessa proposta inicial.

A Airbus decidiu continuar com o desenvolvimento do modelo de forma independente, enfrentando dificuldades de interesse, especialmente após os ataques de 11 de setembro de 2001.

Embora o A318 tenha recebido certificações da FAA e da EASA, ele não foi classificado como uma aeronave regional, o que resultou em taxas de pouso mais elevadas em comparação com outros jatos regionais.

O modelo possui um alcance de 5.740 quilômetros e capacidade para até 136 ageiros, além de um design notório, com um estabilizador vertical maior que o de seus irmãos da família A320.

Apesar de suas limitações, a Airbus fabricou 60 unidades para companhias como Frontier Airlines, LATAM, Avianca, Air , British Airways, Mexicana de Aviación e TAROM. Para aumentar as vendas, em 2005, a Airbus lançou o A318 Elite, com um alcance de 7.400 quilômetros e uma cabine VIP para 18 ageiros, resultando em mais 20 vendas.

Atualmente, a TAROM é a penúltima operadora comercial do A318, planejando seu último voo para 31 de outubro com a aeronave registrada como YR-ASA. Após a retirada da TAROM, a Air se tornará a última companhia a operar o A318, com planos de substituir o modelo pelo Airbus A220 até 2025.

Após a saída da Air , restarão apenas 13 unidades do A318 Elite, que devem continuar operando em configurações governamentais e VIP, principalmente na Ásia e na Europa. Com apenas 24 anos de serviço, o A318 está se aproximando do fim de suas operações regulares, deixando um legado único na história das aeronaves comerciais da Airbus.

Carlos Ferreira
Carlos Ferreira
Managing Director - MBA em Finanças pela FGV-SP, estudioso de temas relacionados com a aviação e marketing aeronáutico há duas décadas. Grande vivência internacional e larga experiência em Data Analytics.

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