Quando o Boeing 737 MAX 7 voou para o aeroporto de Kansas City na segunda-feira, 10 de fevereiro, ele definitivamente chamou a atenção dos locais, afinal de contas, não tem sido comum ver uma aeronave desse modelo por aí.

Mas esse não foi um evento isolado. Na última semana, a Boeing retomou os testes em voo com seu protótipo do modelo MAX 7, registrado como N7201S, após cerca de um mês parado. Desde o dia 7 de fevereiro, ele tem feito longas viagens circulares, partindo e voltando a Seattle, mas com diferentes roteiros pelos Estados Unidos.
Apesar de ainda não serem voos de certificação, a Boeing está lidando com eles com bastante otimismo, já que estão sendo testadas diferentes condições de voo, já com o novo software funcionando a pleno, ou seja, com todas as falhas corrigidas, segundo disse a CNBC, dos Estados Unidos.

Em um comunicado à imprensa explicando os voos, a Boeing disse: “Esses voos de teste não comerciais, com uma pequena equipe de teste a bordo, exercerão voos de curta e longa distância, buscando situações meteorológicas e de altitude que ajudarão a satisfazer condições específicas de teste para o software atualizado. Estes não são voos de certificação.”
Os voos são a mais recente indicação de que a Boeing pode estar chegando perto de um voo de recertificação, um obstáculo crítico para convencer a FAA e outros reguladores a liberar os voos do MAX nas linhas aéreas.
Desde a parada total do modelo, em março de 2019, os engenheiros da Boeing têm trabalhado nos ajustes do software MCAS e no programa de treinamento para que as equipes de voo estejam preparadas para pilotar o 737 MAX. Nesse momento, embora as modificações no software estejam sendo testadas pela Boeing, as alterações nos programas de treinamento de pilotos ainda não foram finalizadas e aprovadas pelos reguladores.
O da FAA Steve Dickson disse no Singapore Airshow dessa semana, que a agência ainda não tem um prazo para recertificar a aeronave, ao invés disso, ele recomenda que se foque no processo e não em um prazo final.