
Quatro sindicatos e associações de pilotos dos EUA estão questionando a ação da Boeing de enviar pilotos de 787 para a Colômbia para voarem os Dreamliners da Avianca, que demitiu diversos tripulantes após uma longa greve.
Segundo reportes, no mês ado a Avianca Holdings (formada pela Avianca Colômbia e TACA) recebeu uma dúzia de pilotos da Boeing. “Sendo intencional ou não, a Boeing proveu pilotos substitutos para a Avianca Colômbia, auxiliando e encorajando as ações escandalosas da istração da Avianca” disse o chefe da ALPA – Air Line Pilots Association em carta ao seu similar na Boeing, o CEO Dennis Muilenburg.
A declaração da ALPA foi em conjunto com a APA – Allied Pilots Association e do sindicato de Engenheiros Aeronáuticos, que juntos representam 98 mil funcionários, sendo destes 50 pilotos da Boeing e 23 mil engenheiros da fabricante americana.
O porta voz da Boeing, Charles Bickers, disse que os 12 pilotos enviados para Bogotá não são funcionários da Boeing, mas sim trabalham para uma contratante que fornece pilotos para a Boeing. “Os pilotos que estão ajudando a Avianca são empregados de um fornecedor nosso, e não comentamos assuntos particulares de fornecedores.”
Suspeita-se que os pilotos são da Atlas Air, que opera o 747-400LCF Dreamlifter para a Boeing, uma versão modificada do jumbo que transporta peças entre as unidades da Boeing no globo. Segundo fontes reveleram à Forbes, estes pilotos ganham até $548 dólares por dia, e um dos requisitos para o cargo é não ter envolvimento com o sindicato.

“A istração da Boeing nos coloca em uma posição desconfortável. Esta ação representa uma atitude iva sobre um comportamento anti-funcionários” disse o porta-voz da APA, Dennis Tajer.
As mesmas reclamações são ditas na Colômbia: Jaime Hernandez, presidente da Asociacion Colombiana de Aviadores Civiles – ACDAC, disse que os pilotos substitutos utilizam uniforme da Boeing e que segundo ele “foram os pilotos que a Boeing ofereceu à Avianca quando vendeu a aeronave, para treinamento das primeiras tripulações do Dreamliner da Avianca.”
Assim como a legislação brasileira, a colombiana afirma que “pilotos estrangeiros não podem voar aeronaves de linhas aéreas colombianas, exceto para caso de instruções e que não excedam seis meses de duração, podendo ser extendido para mais seis meses.”
Já a Avianca declarou que o governo da Colômbia através da autoridade de aviação civil do país autorizou a empresa a utilizar 12 pilotos estrangeiros de Boeing 787 de maneira temporária. Segundo a companhia, o e oferecido pela Boeing irá permitir a formação de novos pilotos colombianos na sua frota de longo curso.
Com informações Ted Reed da FORBES