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Boeing confiante apesar de tarifas e recusas de entregas na China

Os executivos da Boeing adotaram um tom otimista em relação ao impacto das tarifas comerciais, mesmo após a confirmação de que clientes chineses estão rejeitando a aceitação de novas aeronaves.

Durante a teleconferência sobre os resultados do primeiro trimestre, realizada em 23 de abril, o CEO da Boeing, Kelly Ortberg, afirmou que a empresa está confiante em sua estratégia para o ano, apesar das dificuldades apresentadas pela situação na China.

“Devido às tarifas, muitos de nossos clientes na China indicaram que não aceitarão as entregas”, disse Ortberg. No entanto, ele expressou otimismo em relação ao plano geral da Boeing para o ano, prevendo que a situação na China pode impactar alguns dos ventos favoráveis que a empresa tinha construído. Ele acrescentou: “Não vemos nenhuma mudança na demanda geral… Todo mundo quer as aeronaves”.

Os dados de rastreamento de aeronaves mostram que vários Boeing 737 Max, destinados a companhias aéreas chinesas, foram recentemente devolvidos a Seattle, onde a Boeing possui um centro de entrega para o 737.

As tarifas impostas pelo presidente dos EUA, Donald Trump, resultaram em uma escalada de tensões comerciais, com os EUA cobrando 145% sobre algumas importações chinesas e a China impondo taxas de 125% sobre produtos americanos.

Embora a Boeing enfrente tarifas de 10% sobre produtos adquiridos de fornecedores japoneses e italianos, Ortberg afirmou que a empresa “deverá recuperar” essa parte da despesa atribuída às aeronaves vendidas para compradores não americanos por meio de um reembolso conhecido como “duty drawback”.

O CFO da Boeing, Brian West, destacou que “o impacto anual líquido das tarifas elevadas sobre nossos custos de insumos é gerenciável e está dentro do nosso plano”, estimando que seja inferior a US$ 500 milhões anuais. Além disso, cerca de 80% dos gastos da cadeia de suprimentos da Boeing são com empresas americanas, o que minimiza sua exposição a essas tarifas.

A Boeing esperava entregar cerca de 50 aeronaves comerciais a clientes chineses em 2025, incluindo nove jatos ainda não produzidos e 41 que estão completos ou em produção.

Ortberg mencionou que a empresa está “avaliando ativamente opções para remarketing de aeronaves já construídas ou em processo”. Para os nove jatos que ainda não estão no sistema de produção, a Boeing está em contato com os clientes para entender suas intenções de aceitação.

Analistas da indústria acreditam que a Boeing não terá dificuldades em encontrar novos compradores, citando uma forte demanda, especialmente de companhias aéreas indianas. O CFO West também afirmou que “o cenário de mercado robusto em todo o resto do mundo ainda apoia nossos planejados aumentos nas taxas de produção”.

Atualmente, a Boeing está produzindo cerca de 30 737 por mês e tem como meta atingir 38 aeronaves mensais nos próximos meses, o máximo permitido pela istração Federal de Aviação (FAA).

Após isso, a empresa pretende solicitar à FAA a aprovação para aumentar a produção para 42, e eventualmente para 47 e 52 aeronaves mensais. Além disso, a produção do 787 está prevista para aumentar de cinco para sete jatos por mês ainda este ano.

Carlos Ferreira
Carlos Ferreira
Managing Director - MBA em Finanças pela FGV-SP, estudioso de temas relacionados com a aviação e marketing aeronáutico há duas décadas. Grande vivência internacional e larga experiência em Data Analytics.

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