
A Boeing anunciou que seus resultados para o ano fiscal de 2024 serão decepcionantes, com a apresentação oficial dos números agendada para a próxima semana. O desempenho da companhia foi negativamente impactado por uma greve nas fábricas onde o Boeing 737 MAX é produzido, que durou várias semanas.
Este último ano foi repleto de desafios para o fabricante americano. Além da greve que afetou a produção do 737 MAX, a empresa lidou com um incidente envolvendo uma aeronave da Alaska Airlines, que perdeu um plugue de porta durante o voo, e com problemas persistentes na produção do 787 Dreamliner.
Esses eventos contribuíram para uma desaceleração da confiança na Boeing, que agora está sob maior supervisão das autoridades regulatórias.
O programa do 777X também continua a ser um peso financeiro para a Boeing, com a expectativa de que a primeira entrega da nova aeronave ocorra apenas em 2026, anos depois do cronograma original.
Na semana ada, a Boeing informou que conseguiu entregar apenas 348 novos aviões de ageiros e carga em 2024, uma queda significativa em relação às 528 entregas do ano anterior. Em comparação, sua principal concorrente, a Airbus, teve um desempenho muito melhor e atualmente está à frente da Boeing em termos de novos pedidos.
De acordo com estimativas da empresa, os custos decorrentes da greve de metalúrgicos podem totalizar cerca de 1,1 bilhão de dólares, um valor que inclui prejuízos associados a entregas atrasadas e custos salariais adicionais necessários para reintegrar a equipe ao trabalho.
Com a expectativa de apresentar os números anuais oficiais na terça-feira, 28 de janeiro, a Boeing se prepara para enfrentar o impacto das dificuldades operacionais e a necessidade de restabelecer a confiança entre seus investidores e clientes.