
A Boeing continua a encontrar problemas no seu maior avião em produção, o 777X, agora com rachaduras em uma quarta aeronave. De número de série WH004 e matrícula N779XZ, este jato é o 4º protótipo do maior bimotor avião do mundo e irá para a Lufthansa após o fim da campanha de certificação.
Ele foi fabricado em setembro de 2020, porém voou apenas 178 horas desde então, com o último voo sendo realizado em novembro de 2021, como aponta a revista Aviation Week.
A paralisação se deu pelo fato de a Boeing estar com problemas relacionados ao 737 MAX e 787 Dreamliner, que implicaram em investigações de autoridades americanas e revisões de procedimentos internos. Além disto, o motor que equipa o 777X, o GE9X, também teve problemas e demorou a ser entregue pela General Electric.
Com os voos de teste retomados há pouco mais de um mês, já com o início da campanha formal de certificação junto à FAA, a istração Federal de Aviação Civil dos EUA, a Boeing fez inspeções extras e detectou rachaduras no avião de número de série 3.
Este foi o primeiro a retomar os voos de teste, e por prevenção, uma inspeção foi feita em toda a frota de testes, com resultados positivos em todas as aeronaves, sendo o mais recente no WH004, como a Aviation Week nota.
As rachaduras foram encontradas nos elos que ligam a carenagem do motor (e o motor em si) à asa da aeronave, servindo como uma espécie de ganchos para os maiores propulsores já fabricados no mundo, considerando o diâmetro do fan.
Este elo não é fabricado pela Boeing, mas é desenhado pela empresa, como a reportagem informa. Ainda não é possível saber se a nova paralisação dos voos irá impactar o prazo de certificação e entrega do 777X, que já está atrasado em alguns anos.