
A Boeing selou um acordo com o Departamento de Justiça (DoJ) dos EUA nesta segunda-feira (08) e se declarará culpada das acusações de fraude envolvendo o avião 737 MAX.
A fabricante americana tinha sido indiciada por conspiração e fraude contra a FAA, a istração Federal de Aviação Civil Americana, durante o processo de certificação inicial do 737 MAX. Vários componentes da aeronave, além de processos de construção, foram ocultados das autoridades visando uma certificação facilitada e rápida.
De maneira indireta e direta, a ocultação destas partes contribuiu para os acidentes com os aviões da Ethiopian Airlines e da Lion Air, que resultaram em 346 mortes entre 2018 e 2019.
Em nota enviada à ABC News, a Boeing disse que “chegamos a um acordo no princípio dos termos de resolução com o Departamento de Justiça, que ainda está sujeito à concretização e aprovação dos termos específicos”, sem dar detalhes de quais termos foram acordados com a justiça.
Além de se declarar culpada, a Boeing concordou em pagar uma multa de US$243,6 milhões de dólares (R$1,3 bilhão) e investirá outros US$455 milhões (R$2,4 bi) nos seus programas de auditoria e segurança nos próximos 3 anos.
Desta maneira, o processo criminal será encerrado e nem a Boeing e nem seus líderes serão acusados sobre este caso. Existe uma expectativa de que a Associação de Família das Vítimas do Boeing 737 MAX conteste essa decisão nas cortes superiores.