
A Boeing estabelece metas ambiciosas para aumentar a produção do 787, visando chegar a sete unidades mensais até o final de 2025, um aumento em relação às cinco aeronaves atualmente produzidas mensalmente. A empresa, no entanto, ainda enfrenta desafios significativos relacionados a escassez de peças críticas e a certificação dos assentos.
O CFO da Boeing, Brian West, comunicou aos investidores durante a teleconferência de resultados do quarto trimestre, realizada em 28 de janeiro, que “estamos produzindo cinco aeronaves por mês e queremos chegar a sete ainda este ano.”
Essa taxa de cinco unidades mensais tem sido mantida por cerca de um ano. A expectativa é entregar entre 75 a 80 aviões 787 em 2025, incluindo os que já estão na inventário, o que representaria um aumento em relação às 51 entregas registradas em 2024.
Em 2019, a Boeing alcançou uma produção de 14 aviões 787 mensais em duas fábricas: a unidade original em Everett e um site expandido em North Charleston, Carolina do Sul. Contudo, a empresa teve que reduzir a produção logo após o início da pandemia de COVID-19. A produção de 787 foi centralizada em North Charleston, enquanto enfrentava problemas de qualidade e escassez na cadeia de suprimentos que resultaram em paradas temporárias na linha de montagem.
Kelly Ortberg, CEO da Boeing, mencionou que, apesar das tentativas de aumentar a produção, continuam os desafios com a certificação dos assentos e dificuldades na cadeia de suprimentos, citando especificamente a falta de trocadores de calor para o 787. “Estamos lidando com os trocadores de calor. Ainda precisamos de melhorias adicionais nesse aspecto”, comentou Ortberg.