
A empresa de exploração marinha Ocean Infinity reiniciou as buscas pelo avião Boeing 777 da Malaysia Airlines, que está desaparecido desde 2014. A notícia foi anunciada nesta terça-feira (25) pelo ministro dos Transportes da Malásia, Anthony Loke, como informa o jornal Folha de São Paulo.
O ministro elogiou a iniciativa da empresa em mobilizar seus navios para a retomada das buscas pelo Boeing 777-200ER, de matrícula 9M-RMO, que desapareceu em 8 de março de 2014 quando realizava o voo MH-370 entre Kuala Lumpur e Pequim, transportando 239 pessoas, entre ageiros e tripulação. A bordo, estavam 153 cidadãos chineses.
Loke não especificou a data exata em que a operação foi reiniciada e destacou que os detalhes sobre a duração da missão ainda estão sendo discutidos.
Nova etapa de buscas
No final de dezembro do ano ado, o governo da Malásia aprovou uma nova fase de busca pela aeronave desaparecida há mais de uma década. Em 13 de dezembro de 2024, foi aceita, em princípio, a proposta da Ocean Infinity para explorar uma área de cerca de 15 mil quilômetros quadrados no sul do Oceano Índico, equivalente a dez vezes o tamanho da cidade de São Paulo.
Essa não é a primeira vez que a Malásia conta com a Ocean Infinity para tentar localizar o Boeing. Em 2018, a empresa já havia conduzido uma operação semelhante, cobrindo uma área de 120 mil quilômetros quadrados ao lado de equipes da Malásia, Austrália e China. O esforço, que custou aproximadamente US$ 70 milhões (cerca de R$ 430 milhões na cotação atual), não obteve sucesso.
A Ocean Infinity, que possui equipes no Texas e na Inglaterra, já foi responsável por localizar o submarino argentino ARA San Juan, desaparecido no Atlântico em 2018, e o submarino francês Minerve, encontrado em 2019 após ter sumido nos anos 1960.
Mistério ainda sem solução
O desaparecimento do voo MH-370 continua sendo um dos maiores mistérios da aviação. Apesar das buscas realizadas ao longo dos anos, os destroços da aeronave nunca foram encontrados.
A tragédia gerou diversas teorias, incluindo a possibilidade de que o piloto, Zaharie Ahmad Shah, então com 53 anos, teria desviado deliberadamente a rota do avião. Um relatório de 495 páginas publicado em 2018 indicou que os controles da aeronave podem ter sido manipulados intencionalmente, mas sem determinar a autoria ou chegar a uma conclusão definitiva sobre o que aconteceu. Segundo os investigadores, a elucidação do caso depende da recuperação de novos destroços.