
Na última semana começaram a circular nas redes sociais as primeiras imagens de um caça-bombardeiro Sukhoi Su-34 Fullback com um novo esquema de pintura em tons desérticos, o que sugere se tratar do primeiro exemplar destinado a um cliente estrangeiro. 2u373z
A aeronave foi vista durante testes na fábrica aeronáutica de Novosibirsk (NAZ), onde esse modelo é produzido para as Forças Aeroespaciais Russas, até hoje o operador exclusivo do caça que é a o único da Flanker que tem assentos lado a lado, ao contrário da tradicional configuração de uma poltrona atrás da outra (tandem).
Embora ainda não haja confirmação oficial da Rosoboronexport nem da corporação UAC, fontes não identificadas indicam que o novo esquema corresponde ao primeiro Su-34 construído para um operador externo. A aparição do Fullback com cores tipicamente associadas a forças aéreas do Oriente Médio reacendeu especulações sobre possíveis compradores, especialmente Argélia e Irã, como aponta o portal parceiro Aviacionline.
🇷🇺 A Russian Su-34 on a test flight, featuring a desert camouflage pattern likely intended for export, possibly to a North African country (Algeria, Egypt) or perhaps to Russia's Middle Eastern ally Iran. pic.twitter.com/RKJA7Y2ZoI
— Levan Gudadze (@GudadzeLevan) May 18, 2025
A Argélia tem sido um dos poucos países a comprarem material russo após a invasão da Ucrânia em 2022, e já teria recbido alguns caças Su-35S no início deste ano, com o caça furtivo Su-57 para ser entregue até dezembro. Esse movimento reforça a hipótese de que o país africano também possa ser o primeiro operador estrangeiro do Su-34.
A Argélia tem sido historicamente um dos principais usuários de aviões de combate russos na África e na região do Mediterrâneo. Com uma frota consolidada de Su-30MKA, a incorporação do Su-34 ofereceria uma capacidade de ataque de precisão e longo alcance que complementaria seu atual aparato militar. O fato de vários Su-35 já estarem sendo entregues ao país sugere que o Fullback pode fazer parte de um pacote maior negociado nos últimos anos.
Enquanto isso, o Irã — também citado como possível operador — tem demonstrado interesse em adquirir sistemas de combate avançados russos desde a expiração do embargo de armas da ONU em 2020. No entanto, até agora, apenas foi confirmada a intenção de receber um lote limitado de Su-35SE, sem novidades sobre plataformas como o Su-34.
Caso a exportação do Su-34 seja confirmada, será um marco relevante na política de vendas externas do complexo militar-industrial russo, sendo esta a primeira vez que o bombardeiro tático derivado do Flanker é exportado. Isso também consolidaria o Fullback como uma plataforma multifuncional atraente não apenas para operações russas em teatros como Síria e Ucrânia, mas também como ferramenta estratégica para atores regionais em ambientes áridos e semiáridos.