
Um recente episódio de tensão no Mar do Sul da China ocorreu quando caças J-16 da Força Aérea do Exército Popular de Libertação da China (PLA) interceptaram uma aeronave de reconhecimento P-8A da Força Aérea Real da Austrália (RAAF). 4l125c
Durante a interceptação, um dos caças disparou flares próximos ao P-8A, gerando reclamações dos australianos.
O incidente aconteceu nas primeiras horas da manhã do dia 11 de março e foi relatado pelas autoridades australianas. Os pilotos da RAAF, enquanto tentavam completar uma missão de vigilância marítima em espaço aéreo internacional, foram confrontados por dois caças J-16, que rapidamente se tornaram agressivos, lançando flares.
A Chinese J-16 fighter jet released flares in front of a Royal Australian Air Force Boeing P-8A Poseidon aircraft as two PLA J-16 fighter jets intercepted the Australian reconnaissance aircraft while flying over the South China Sea early this week, as per the authorities in… pic.twitter.com/2uxNn9SjcX
— FL360aero (@fl360aero) February 14, 2025
De acordo com o ministro da Defesa da Austrália, Richard Marles, a interação foi considerada insegura e não profissional. A proximidade das aeronaves e os maneirismos dos caças chineses apresentaram riscos significativos à segurança dos pilotos e da aeronave.
A RAAF expressou preocupação com a natureza do incidente e também contabilizou um aumento nos relatos de comportamentos agressivos por parte de aeronaves chinesas. O uso de flares em operações aéreas é normalmente reservado para táticas de defesa contra mísseis, mas, neste caso, o ato parece ter sido uma intimidação direta.
“A consequência de ser atingido pelos flares poderia ter sido significativa”, afirmou Marles, ressaltando a seriedade da situação. O governo australiano, por meio de sua Defesa, formalizou protestos às autoridades chinesas e enfatizou que tais ações não são aceitáveis, independentemente dos desentendimentos políticos.
O uso de táticas semelhantes não é uma ocorrência isolada. Ao longo dos últimos anos, relatos de incidentes envolvendo flares e lasers de grau militar dirigidos a aeronaves de outras nações têm se acumulado, incluindo confraternizações com aviões militares dos Estados Unidos, Filipinas e Canadá.
Esses acontecimentos destacam as tensões contínuas no Mar do Sul da China, uma área rica em disputa territorial e onde as reivindicações de soberania se sobrepõem. As ações da China, que incluem a militarização de ilhas artificiais e a realização de exercícios militares, são frequentemente vistas por países vizinhos e pela comunidade internacional como um ato de agressão.
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