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CEO de uma das maiores empresas aéreas do mundo acha que café não volta aos voos curtos tão cedo

Airbus A320neo – Imagem: Lufthansa

A decisão da Lufthansa de remover café e outros itens de cortesia da classe econômica em voos de curta distância continua a gerar debates. Em 2021, a companhia aérea anunciou a exclusão de bebidas e lanches gratuitos, gerando uma economia de US$ 0,66 por ageiro.

Por ser uma empresa mais , o corte abrupto não foi bem recebido pelos seus ageiros mais fiéis, mesmo após a tentativa da empresa de reintroduzir, por um período experimental, cafés e chás gratuitamente.

Como informou o One Mile at a Time, Carsten Spohr, CEO do Grupo Lufthansa, afirmou recentemente durante uma reunião interna que a companhia pode não ter condições financeiras de reverter essa decisão, segundo reportagem da Spiegel Business.

Os comentários de Spohr surgiram após questionamentos sobre a possibilidade de restabelecer mais serviços gratuitos nos voos de curta distância.

Spohr justificou-se mencionando que a companhia obtém um lucro médio de apenas sete euros por ageiro e que qualquer adição, como um euro a mais em serviços, impactaria significativamente esses lucros. Ele destacou que a questão não é só sobre o custo do café, mas também sobre a potencial queda nas vendas a bordo.

Este posicionamento tem gerado críticas à capacidade de liderança de Spohr, cuja lógica tem sido fortemente questionada. Críticos sustentam que, ao focar exclusivamente na redução de custos, a Lufthansa negligencia a experiência do ageiro, o que poderia, a longo prazo, limitar sua competitividade no mercado.

A comparação com outras companhias aéreas, como Delta, United, Emirates e Singapore Airlines, que investem na receita ao invés de cortar custos, tornam a estratégia atual da Lufthansa alvo de mais escrutínio.

Vale lembrar que, dentro da Europa, várias companhias aéreas têm seguido tendências semelhantes, embora Lufthansa se destaque pela falta de concorrência expressiva de companhias de baixo custo na Alemanha. Isso viabiliza a cobrança de tarifas mais elevadas, mesmo em viagens de curta distância, aumentando a frustração dos ageiros que esperam um serviço condizente com o preço.

Spohr já expressou seu desejo de reformular a imagem da Lufthansa antes do centenário da companhia. No entanto, essas reformas parecem estar mais associadas a um aumento dos benefícios operacionais através de aquisições e alianças estratégicas, como a recente participação na ITA Airways, do que a melhorias diretas no serviço ao cliente.

A abordagem de Spohr tem sido centrada em reestruturar operações, frequentemente transferindo voos para companhias do grupo com menor custo, ao invés de investir diretamente na melhoria da experiência na Lufthansa, levantando dúvidas sobre a verdadeira direção do seu plano estratégico.

Carlos Ferreira
Carlos Ferreira
Managing Director - MBA em Finanças pela FGV-SP, estudioso de temas relacionados com a aviação e marketing aeronáutico há duas décadas. Grande vivência internacional e larga experiência em Data Analytics.

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