O polêmico e famoso CEO da Ryanair, Michael O’Leary, afirmou que não está pagando mais a Boeing até ela resolver os atrasos do 737 MAX.

Em um olhar um tanto quanto pessimista sobre os atrasos para por o 737 MAX de volta ao ar, o CEO disse que nas melhores das perspectivas o avião volta aos céus em janeiro, mas ele acredita que isso só ocorra em fevereiro ou março.
O Boeing 737 MAX sofreu dois acidentes entre o ano ado e este ano, e tudo indica que foi uma falha da fabricante. Sendo assim as aeronaves foram proibidas de voar em todos os países do mundo (exceto Panamá mas apenas no papel).
A Ryanair é uma das grandes clientes do modelo, tendo encomendado 135 jatos do modelo MAX 200, que é uma versão de alta densidade do MAX 8.
Para afastar o medo de ageiros em voar o MAX, a empresa renomeou os jatos para 737-8200, de maneira similar a que a GOL fez. Porém recentemente foi reportado que a aérea desistiu de colocar qualquer referência ao 737 na fuselagem de suas novas aeronaves.
Desde a paralisação global da aeronave, O’Leary tem afirmado que quer compensação de custos por parte da Boeing. E agora afirmou que parou de pagar a empresa.
Em parte isto não é verdade, dado que a Ryanair assim como a maioria das aéreas do mundo, aluga os jatos através de empresas de leasing, pagando uma taxa mensal para os donos (lessores). Os lessores efetivamente compram a aeronave, e podem sim ter suspendido os pagamentos.
Estes atrasos irão causar demissões em massa, segundo O’Leary a Ryanair no momento “está com 500 pilotos a mais, mas o número pode chegar a 700, depende dos atrasos do MAX”.
O medo de um Brexit sem acordo é um outro receio da empresa, que afirma que fechará bases pela Europa e deve reduzir a sua malha para o próximo verão europeu (2020). Ainda assim a Ryanair espera receber 30 jatos 737 MAX no próximo ano.
Com informações da Bloomberg