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Com alto faturamento, Embraer tem nota de crédito elevada pela Fitch Ratings

A Fitch Ratings elevou os Ratings de Probabilidade de Inadimplência do Emissor (IDRs) em Moeda Estrangeira e Local de Longo Prazo da Embraer S.A. para ‘BBB-‘ de ‘BB+’ e manteve seu Rating na Escala Nacional em ‘AAA(bra)’. A agência de crédito também elevou as notas de títulos sem garantia da Embraer Netherlands Finance BV para ‘BBB-‘ de ‘BB+’. A Perspectiva do Rating é Estável.

Com a melhoria no perfil de produção, entrega e lucratividade da Embraer, combinada com a redução da dívida bruta, estão impulsionando os indicadores de crédito para níveis mais compatíveis com um rating ‘BBB-‘.

A Fitch prevê que os índices de alavancagem total e líquida consolidados da Embraer irão cair para 4,0x e 0,9x no final de 2024 e para 3,5x e 0,7x até 2025, respectivamente.

Os ratings da Embraer refletem suas posições competitivas nos mercados de jatos comerciais e executivos; carteira de pedidos de US$ 21,1 bilhões; e diversificação de produtos, que inclui programas de defesa e operações sólidas no segmento de serviços e e. A robusta liquidez da Embraer (principalmente fora do Brasil), grandes receitas de exportação e algum fluxo de caixa operacional no exterior também apoiam seus ratings.

Principais Fatores do Rating

Forte Posição de Mercado: A Embraer tem uma forte posição comercial em jatos com menos de 150 assentos e no mercado global de jatos executivos. A Fitch espera que a carteira de pedidos de aviação comercial da empresa continue a se recuperar à medida que as companhias aéreas de baixo custo busquem ajustar suas frotas, reduzindo custos com a adição de aeronaves mais eficientes no consumo de combustível. A Embraer também se beneficiará da substituição da envelhecida frota regional dos EUA, onde ela mantém praticamente um monopólio de venda de jatos.

Foto: Sgt Müller Marin/FAB

Melhoria da Carteira de Pedidos: A carteira de pedidos da Embraer deve apoiar a produção de curto prazo, mas há um risco de concentração, com cerca de 70% das vendas de aeronaves nos EUA. A empresa continua a aumentar as encomendas de aeronaves E2, enquanto vende ativamente aeronaves E1 para companhias aéreas regionais dos EUA. A crescente operação com o E2 na Europa e no Canadá pode apoiar melhores oportunidades nos mercados principais dos EUA. As taxa de faturamento sobre a carteira de pedidos da Embraer em jatos comerciais e executivos estão acima dos níveis da indústria, em 3,5x e 1,5x, respectivamente, contra 1,1x do setor.

Diversificação Crescente: A Embraer diversificou eficientemente seus negócios, investindo em novos projetos, como a família de jatos regionais E2, o cargueiro militar KC-390, e suas operações de serviços e e. Seu perfil de negócios deve se beneficiar da expansão do segmento de serviços e e, de uma melhor mistura de produtos na aviação comercial e jatos executivos e de um ambiente de operação de defesa em melhoria. O segmento de defesa está em negociações pendentes com a Arábia Saudita e a Índia, o que pode aumentar os níveis de produção.

Recuperação da Margem EBIT: O desempenho operacional da Embraer deve melhorar à medida que as entregas aumentem, beneficiando-se de ganhos de escala, melhorias na estrutura de custos, melhor mix de produtos e expansão de seus negócios de serviços lucrativos. A Fitch projeta que as margens EBIT da Embraer irão se recuperar para cerca de 6,2% em 2024 e expandir para 7,0% em 2025 e 2026, em comparação com 5,0% em 2022.

Riscos Gerenciáveis na Eve: A Embraer, por meio de sua subsidiária Eve Inc. (proprietária de 82,8%), está desenvolvendo aeronaves elétricas de decolagem e pouso vertical (eVTOL), que está sendo financiada com uma combinação de capital e dívida (US$ 600 milhões já foram captados). A Eve está avançando no desenvolvimento e certificação, com o voo do protótipo inicial esperado para o início de 2025 e a primeira entrega em 2026.

A Eve Limita a Expansão do FCF: A Fitch projeta que a margem de fluxo de caixa livre (FCF) consolidada da Embraer permanecerá fraca, abaixo de 1%, nos próximos três anos (excluindo a Eve, varia em torno de 2,3%-2,8%). A Fitch espera que o FCF consolidado seja de cerca de USD 58 milhões em 2024 e USD 29 milhões em 2025, incluindo o capex da Eve de cerca de USD 120 milhões em 2024 e USD 150 milhões em 2025.

Alavancagem em Queda: O aumento do fluxo de caixa das operações e a redução efetiva da dívida am a tendência de desalavancagem da Embraer. Desde o final de 2020, a empresa reduziu a dívida bruta em cerca de USD 1,6 bilhão. A Fitch projeta que os índices de alavancagem total e líquida consolidados da Embraer cairão para 4,0x e 0,9x em 2024 e para 3,5x e 0,7x até o final de 2025, respectivamente.

Risco Modesto no Brasil: Cerca de 88% das receitas da Embraer provêm de exportações internacionais ou operações comerciais. No entanto, o ambiente econômico e político do Brasil ainda é um fator devido à base de ativos operacionais da Embraer estar em grande parte no país.

Resumo da Derivação

Resumo da Derivação

A posição competitiva da Embraer é mais fraca em comparação com grandes concorrentes globais, notadamente Airbus SE (A-/Positivo) e The Boeing Company (BBB-/Negativo), devido à menor escala de negócios e força financeira. No entanto, isso é parcialmente compensado por sua boa posição no mercado de jatos comerciais de nicho. A Embraer também apresenta uma diversificação geográfica mais limitada, com grande exposição ao mercado regional dos EUA, além de uma menor diversificação de produtos e carteira de pedidos quando comparada à Airbus e Boeing.

A estrutura de capital e a lucratividade da Embraer são mais fracas do que as da Airbus. A Fitch espera que a alavancagem total da Airbus seja em torno de 1,5x em 2024 e 1,2x em 2025, com margens EBITDA caminhando para 12%. As margens de fluxo de caixa livre (FCF) da Airbus devem ser de cerca de 4% em 2026, em comparação com abaixo de 1% para a Embraer. A Boeing enfrentou desafios de execução e gestão nos últimos seis anos, o que resultou em um perfil financeiro mais fraco. Além disso, o recente incidente com o 737MAX pesa na capacidade de entregas da Boeing para 2024 e em seu fluxo de caixa. Historicamente, a Boeing teve uma geração de FCF mais forte do que a Airbus.

Principais Premissas

As principais premissas da Fitch dentro de seu caso de rating para a Emissora incluem:

  • As entregas comerciais da Embraer estarão próximas da faixa inferior da orientação da empresa, de 72-80 aeronaves em 2024 (74) e 88 em 2025 (-17% e -1% em relação a 2019);
  • Entregas no mercado de jatos executivos de 130 em 2024 e 115 em 2025;
  • Margem EBITDA consolidada (incluindo Eve) de cerca de 10,4% em 2024 e 2025;
  • Despesas de investimento consolidadas (incluindo Eve) de USD 548 milhões em 2024 e USD 403 milhões em 2025;
  • A Fitch estima cerca de USD 90 milhões de entrada líquida de caixa em 2024, relacionada ao processo de arbitragem da Boeing;
  • Retorno do pagamento de dividendos a partir de 2025 (distribuição de 25% do lucro líquido);
  • A Embraer mantém sua forte liquidez ao longo do período de previsão e uma estratégia ativa de gestão de ivos para evitar exposição a riscos de refinanciamento dentro de 18-24 meses.

Sensibilidades do Rating

Fatores que Podem, Individualmente ou Coletivamente, Levar a uma Ação Positiva de Rating/Upgrade:

  • Uma elevação para ‘BBB’ é improvável no curto a médio prazo, devido à modesta diversificação de produtos e geográfica da Embraer, perfil de alavancagem bruta e geração limitada de FCF em uma base consolidada;
  • Expansão sólida do portfólio de E2 e defesa, apoiando maior diversificação de negócios e geográfica;
  • Margens EBIT e EBITDA consistentemente acima de 9% e 12%;
  • Geração constante de FCF positivo, com margem FCF consolidada acima de 3%;
  • Alavancagem total e líquida mantidas abaixo de 2,5x e 1,0x, além de uma forte posição de liquidez sem grandes riscos de refinanciamento no médio prazo.

Fatores que Podem, Individualmente ou Coletivamente, Levar a uma Ação Negativa de Rating/Downgrade:

  • Capex maior do que o esperado, incluindo saídas adicionais de caixa relacionadas à Eve;
  • Cancelamentos substanciais de pedidos nos programas E1 e E2 e no segmento de jatos executivos, ou atrasos significativos e aumentos de custos em novos programas;
  • Alavancagem total e líquida permanecendo consistentemente acima de 4,5x e 2,5x;
  • Quedas substanciais na liquidez sem reduções de dívida proporcionais;
  • Um rebaixamento múltiplo do rating soberano do Brasil, com uma redução similar no teto do país.

Estrutura de Dívida e Liquidez

Forte Liquidez: A flexibilidade financeira da Embraer é sólida, sustentada por um histórico de posição robusta de caixa e o aos mercados de crédito locais e internacionais. A empresa tinha USD 2,7 bilhões em dívida em 30 de junho de 2024, com títulos sem garantia transfronteiriços representando 67%. A posição de caixa no final do 2º trimestre de 2024 era de USD 1,1 bilhão, excluindo Eve (USD 121 milhões), e é suficiente para ar a amortização de dívida de USD 141 milhões até pelo menos 2026.

A liquidez da Embraer é ainda reforçada por uma linha de crédito rotativo de USD 1 bilhão, com vencimento em 2029. A Fitch espera que a Embraer permaneça disciplinada com sua liquidez, mantendo uma abordagem proativa na gestão de ivos para evitar exposição a riscos de refinanciamento. A Embraer possui 3 emissões de títulos internacionais (USD 750 milhões cada) com vencimentos em 2027, 2028 e 2030. Aproximadamente 98% do caixa, equivalentes e investimentos financeiros da empresa estavam em dólares americanos em 30 de junho de 2024, e uma grande parte é mantida no exterior.

Com Informações da Assessoria de Imprensa da Fitch Ratings

Carlos Martins
Carlos Martins
Fascinado por aviões desde 1999, se formou em Aeronáutica estudando na Cal State Long Beach e Western Michigan University. #GoBroncos #GoBeach #2A

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