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Com apoio das asas rotativas, petroleiros foram retirados após explosão na plataforma PCH-1 na Bacia de Campos

Aeronave de asas rotativas (helicóptero) em plataforma de petróleo – Imagem meramente ilustrativa – Fonte: DECEA

Uma explosão seguida de incêndio atingiu, na manhã da segunda-feira, 21 de abril, a Plataforma PCH-1 (Cherne 1), na Bacia de Campos, a cerca de 130 quilômetros da costa de Macaé, no Rio de Janeiro.

Segundo a Agência Brasil, em nota, a Petrobras informou que um funcionário sofreu queimaduras leves e está consciente. “Durante o incidente, um trabalhador que prestava serviço para a companhia se acidentou, caiu ao mar, mas foi resgatado, recebeu atendimento em embarcação de apoio e já está em processo de desembarque aeromédico”, diz o comunicado.

Segundo a Petrobras, desde o ano de 2020, a plataforma não produz petróleo. “As pessoas que estão a bordo de PCH-1 estão bem e as equipes não essenciais serão preventivamente desembarcadas para que a integridade das instalações seja avaliada. Uma comissão será formada para apurar as causas do incidente”, acrescenta a nota.

Em decorrência dos voos de asas rotativas para transporte de petroleiros da plataforma de volta para o continente, o Sindicato Nacional dos Trabalhadores na Proteção ao Voo (SNTPV), que representa os profissionais civis, da estatal NAV Brasil, que atuam nos serviços de controle de tráfego aéreo, emitiu um comunicado ressaltando a participação do pessoal da Navegação Aérea:

“Em momentos críticos, como o incêndio na plataforma Cherne 1, a competência e a agilidade da equipe da Navegação Aérea fazem toda a diferença. Ontem, esses profissionais foram fundamentais para garantir a segurança dos voos e ajudar a salvar vidas. Nosso reconhecimento e agradecimento a cada um que, com responsabilidade e excelência, cumpriu seu dever em uma situação tão delicada. Vocês honram a missão da proteção ao voo.”

O Sindicato dos Petroleiros do Norte Fluminense (Sindipetro-NF) reportou que os primeiros relatos de trabalhadores mostram a gravidade da explosão e da situação, com rota de fuga interditada. O comunicado da associação, divulgado nesta terça-feira, 22, é o seguinte:

“As circunstâncias do acidente na plataforma PCH-1, na Bacia de Campos, na manhã desta segunda, 21, ainda serão apuradas em comissão que terá participação de representante do Sindipetro-NF. Os primeiros relatos recebidos pela entidade, no entanto, dão a dimensão da gravidade e da grande tensão a bordo.

As informações, obtidas de trabalhadores que não serão identificados pelo sindicato, apontam que o acidente ocorreu em um dos decks de produção localizado abaixo do casario (onde ficam os camarotes e locais de alimentação dos trabalhadores).

Um dos petroleiros que estava no local havia saído pouco antes para subir ao camarote e ouviu uma explosão forte, em torno das 7h20. Ele percebeu que o piso estava esquentando e o alarme começou a soar. 

Ao sair do camarote, viu que um dos lados do corredor estava tomado por fumaça e seguiu em rumo oposto. No entanto, encontrou em sentido contrário outros petroleiros que afirmaram que o fogo estava justamente para onde ele estava indo.

Eles conseguiram atravessar a fumaça e chegar ao ponto de encontro, onde permaneceram até o desembarque. Enquanto isso, a brigada de emergência combatia as chamas, em trabalho exaustivo que durou quatro horas até que o incêndio fosse completamente debelado, às 11h25.

Um outro trabalhador relatou que, durante a fuga, encontrou uma rota destinada a saída em casos de emergência que estava interditada, e teve que ar por outra rota, em meio às chamas. 

A situação dramática incluiu ainda o resgate de um trabalhador que, com a explosão, caiu no mar. Ele foi salvo pela embarcação Locar XXII, apresentando queimaduras, mas se manteve consciente.

Do deck onde os petroleiros aguardavam o desembarque era possível ver o deck atingido pela explosão com as instalações retorcidas, mas ninguém sabia ao certo o que havia acontecido. Alguns dos trabalhadores atingidos estavam justamente próximos de desembarcar.

Desde as primeiras informações, diretores e diretoras do Sindipetro-NF acompanham os desembarques e os atendimentos nos hospitais em Campos dos Goytacazes e em Macaé. Até a noite de ontem, 32 petroleiros haviam sido identificados como vítimas diretas da explosão (14 por queimaduras e os demais por inalação de fumaça).

A Petrobrás segue nesta terça-feira com o desembarque da unidade. O objetivo é que permaneçam a bordo apenas os petroleiros essenciais às operações de habitabilidade, segurança e alimentação. O POB (People on board, número de trabalhadores que atuam na plataforma) de PCH-1 é de 176 trabalhadores. A estimativa é a de que menos de 100 continuem na unidade.

PCH-1 é uma unidade que está em processo final de venda, pela Petrobrás, para a empresa britânica Perenco. Neste período de transição, atuam na plataforma trabalhadores das duas empresas. A previsão é a de que a transferência de propriedade seja concluída no final de 2025. 

A plataforma tem capacidade de produção de óleo e gás, mas há alguns anos a unidade vem operando apenas para escoar o gás produzido em plataformas do entorno.”

Murilo Basseto
Murilo Bassetohttp://aeroin.atualizarondonia.com
Formado em Engenharia Mecânica e com Pós-Graduação em Engenharia de Manutenção Aeronáutica, possui mais de 6 anos de experiência na área controle técnico de manutenção aeronáutica.

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