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Com avião “caranguejando” em pouso de lado, Boeing realiza testes de ventos cruzados com o 777-9

A Boeing continua seus esforços para obter a aprovação regulatória do 777-9 a tempo de iniciar as entregas no próximo ano. Recentemente, a empresa aproveitou as condições climáticas extremas no noroeste do Texas para conduzir testes de ventos cruzados com a primeira unidade do 777-9, designada WH001.

Os testes, realizados em meados de março, foram confirmados pela empresa em uma mensagem interna e em um vídeo compartilhado nas redes sociais em 29 de abril.

A Boeing estava ansiosa para atender aos requisitos de certificação para decolagens e pousos em ventos fortes de até 60 nós, considerando que o 777-9, com 77 metros de comprimento, é o maior avião comercial já construído, e que ar nos referidos testes seria um marco significativo.

Para atender às exigências da FAA, a Boeing precisa demonstrar controle satisfatório durante os pousos com um componente de vento cruzado de 90 graus de pelo menos 20% da velocidade de estol.

“Condições como essas são bastante raras,” disse Heather Ross, piloto chefe adjunta do 777, acrescentando que os meteorologistas da Boeing precisam planejar semanas à frente para encontrar a combinação certa de clima e layout do aeroporto. “Tudo tem que se encaixar perfeitamente. Isso significa ter o avião pronto para decolar e pilotos que praticaram os cenários extremos no simulador”.

Os testes de ventos cruzados ocorreram no Aeroporto de Lubbock, no Texas. Além disso, a aeronave WH001 também realizou testes de certificação de freios, muitos dos quais foram realizados no Aeroporto Clinton-Sherman, em Oklahoma.

Os testes nesse aeroporto, que possui uma pista principal de 4.115 metros de comprimento, focaram no desempenho de parada dos freios de disco de carbono fornecidos pela RTX Collins, que são mais leves do que as alternativas de aço mais antigas.

Os freios do 777X são feitos de Duracarb, um material de carbono desenvolvido pela Goodrich, uma empresa da Collins, capaz de absorver altas cargas térmicas, equivalendo a temperaturas de superfície dos freios de até 2.760°C sem falhar durante uma parada de emergência na pista.

Em outro sinal do aumento do ritmo dos testes do programa, o 777-9 WH004, o quarto protótipo, também está sendo reativado para voos. A aeronave, que deve ser equipada com um interior completo para ageiros, não voa há quase 3,5 anos.

O programa de testes de voo do 777X acumulou mais de 1.300 voos e 3.800 horas de voo. Os testes de voo exigidos pela FAA começaram em julho de 2024, mas foram interrompidos em agosto para resolver um problema com a ligação de empuxo do motor. Os voos foram retomados em janeiro, e a FAA expandiu a Autorização de Inspeção de Tipo (TIA) para cobrir requisitos de teste mais extremos.

Sob a TIA, cada conjunto de exercícios ocorre somente após a FAA se convencer de que o sistema testado atende às regulamentações e é seguro para testes. Para cada projeto, a FAA determina se a TIA será faseada, como é o caso do 777-9, e, se sim, quais serão os elementos de cada fase.

Carlos Ferreira
Carlos Ferreira
Managing Director - MBA em Finanças pela FGV-SP, estudioso de temas relacionados com a aviação e marketing aeronáutico há duas décadas. Grande vivência internacional e larga experiência em Data Analytics.

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