
Em um novo capítulo da crise da Viva, que não surpreende, a companhia aérea colombiana informou a seus funcionários que, devido à reclamação de um locador por aluguéis não pagos, cinco de seus aviões ficarão em terra e armazenados nos Estados Unidos.
“Depois de aproveitar o decreto 560 para o Processo de Recuperação de Empresas, importantes negociações foram apresentadas com os proprietários das aeronaves buscando chegar a acordos sobre como continuar nossa operação. Apesar disso, fomos notificados por um deles de que devemos aterrissar, por enquanto, cinco de seus aviões até segunda ordem nos Estados Unidos”, informou a Viva a seus funcionários por meio de comunicado coletado pela mídia colombiana Portafolio.
A retirada dessas cinco aeronaves do serviço ativo obrigará a empresa a reprogramar suas operações a partir de 21 de fevereiro. A empresa notificou os ageiros afetados na última semana, mas nem todos conseguiram reagendar seus itinerários. A Viva já havia aterrado dois Airbus A320neo em dezembro.
A LATAM Colômbia, diante da delicada situação dos ageiros Viva, disponibilizou aos ageiros afetados que compraram sua agem antes de 20 de fevereiro os assentos disponíveis entre 21 e 27 de fevereiro nas rotas afetadas pelo reagendamento. A LATAM indicou que está realizando esta iniciativa “para ajudar a proteger os ageiros” do Viva.
Aerocivil se pronuncia
Enquanto o futuro da Viva se torna mais sombrio, a autoridade aeronáutica colombiana segue avaliando o pedido de integração apresentado pela Avianca e as oposições que outras empresas apresentaram para avaliação, levando em consideração qual será a composição do mercado após eventual aprovação.
Assim, por meio da Resolução 300/2023, a Aerocivil informou que a Avianca e a Viva haviam se submetido ao processo e que, além do pedido de integração apresentado por elas, a agência havia aberto um prazo para que terceiros pudessem apresentar documentação que pudesse fornecer elementos úteis para a análise da integração solicitada.
Nesses 10 dias úteis, Aerolíneas Argentinas, Ultra Air, Wingo, LATAM Colombia, JetSMART e o especialista em Direito Concorrencial Jorge Enriquez Sanchez Medina (como pessoa física) solicitaram ser reconhecidos como terceiros, reportou o Aviacionline.
O pedido de integração, após esta resolução, dá à Avianca e à Viva 15 dias úteis para analisar e responder às oposições de terceiros. Essas três semanas de prazo parecem ser um o antes da aprovação, caso Viva e Avianca cedam cargos e as concessões satisfaçam as partes.
O tempo não favorece a Avianca e a Viva, e 15 dias úteis parecem uma eternidade para a companhia aérea de baixo custo, que aposta tudo na aprovação da Aerocivil, mas ainda não a garantiu, longe disso.