A Delta Air Lines anunciou que está sendo forçada a retirar as refeições quentes de diversos voos partindo de seu hub em Detroit após a identificação de um “problema de segurança alimentar” em sua cozinha de catering no Aeroporto Metropolitano de Wayne County de Detroit.
Segundo a CNBC, a companhia aérea já transferiu suas operações de catering para outras instalações, já que a cozinha em Detroit foi fechada após uma inspeção de segurança alimentar.
Cerca de 200 voos tiveram que partir de Detroit sem as refeições quentes, enquanto outros conseguiram operar com pratos que foram providenciados de outras cozinhas da rede Delta.
Um porta-voz da companhia confirmou que, durante uma inspeção recente na cozinha do aeroporto, o parceiro de catering da Delta foi notificado sobre um problema de segurança alimentar nas instalações.
“Delta e seu parceiro de catering imediatamente interromperam a produção de alimentos quentes e suspenderam todas as atividades do local. O fornecimento de alimentos quentes e outros itens de bordo será gerenciado a partir de diferentes instalações”, informou o porta-voz no domingo.
O fechamento da cozinha de catering em Detroit ocorre apenas alguns meses depois que ageiros foram servidos com alimentos mofados em um voo internacional transatlântico de Detroit para Amsterdã. O voo DL-136 foi forçado a fazer um pouso de emergência no aeroporto JFK, em Nova York, no dia 2 de julho, após a possibilidade de que a comida estragada também tivesse sido servida a dois dos pilotos do Airbus A330.
Preocupada com o potencial adoecimento dos pilotos e dos 277 ageiros a bordo, a equipe decidiu pousar o avião em Nova York, onde uma frota de ambulâncias aguardava caso alguém já estivesse se sentindo mal.
A Autoridade Portuária de Nova York e Nova Jersey assistiu 24 pessoas do voo, incluindo 14 ageiros e dez membros da tripulação, embora todos os que receberam atendimento recusassem cuidados médicos adicionais.
Um dia após a emergência, a Delta decidiu servir apenas refeições vegetarianas em dezenas de voos a partir de Detroit, uma escolha que a companhia explicou na época como feita “por uma questão de cautela”.
Em um memorando interno, Ash Dhokte, chefe de serviços a bordo da Delta, alertou os comissários de bordo sobre a importância de examinar cuidadosamente as refeições antes de servi-las aos ageiros. Ele enfatizou que são a “última linha de defesa” e que “ações corretivas imediatas foram implementadas para evitar recorrências”.
