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Comitê da OACI adota novos padrões de ruído de aeronaves supersônicas, abrindo caminho para voos supersônicos comerciais

Concepção gráfica do Overture – Imagem: Divulgação – Boom Supersonic

Após o sucesso neste início de 2025, ao se tornar a primeira empresa civil independente na história a voar uma aeronave em regime supersônico, a norte-americana Boom Supersonic informa que está fazendo progressos significativos em direção ao retorno das viagens comerciais supersônicas, e isso impulsionou novos padrões internacionais para esse tipo de aeronave.

Segundo reporta a fabricante, a Organização da Aviação Civil Internacional (OACI / ICAO) deu um o importante para facilitar o retorno do voo comercial supersônico, chegando a um acordo sobre novos padrões globais de ruído para aeronaves supersônicas. A decisão ocorreu durante uma reunião do seu Comitê de Proteção Ambiental da Aviação (CAEP), realizada em fevereiro.

A istração Federal de Aviação (FAA) representou os Estados Unidos na reunião internacional em Montreal, onde 33 países membros se reuniram para apoiar novas recomendações. A Boom forneceu dados críticos para apoiar a análise da FAA.

Em 2024, o Congresso dos EUA aprovou um projeto de lei bipartidário orientando a FAA a continuar seu trabalho no desenvolvimento de padrões internacionais, que agora se concretizou na reunião do CAEP.

A Boom está mirando a certificação de seu jato supersônico, Overture, até o final da década, o que impulsiona o desejo global de criar padrões específicos para voos supersônicos. O grupo alinhou-se a uma nova norma recomendada para ruído de pouso e decolagem que reconhece a física única e as oportunidades de redução de ruído das aeronaves supersônicas. A norma considera procedimentos avançados de redução de ruído que garantem que o público não seja perturbado pelo ruído das aeronaves.

“O mundo quer viagens supersônicas”, disse Blake Scholl, Fundador e CEO da Boom Supersonic. “Nossa missão na Boom sempre foi entregá-las de uma maneira que deixe as pessoas animadas quando uma rota supersônica chega à sua cidade. Graças à FAA e ao Congresso, estamos liderando o caminho com a comunidade internacional para adotar esses novos padrões de ruído de decolagem e pouso. Agora que provamos que podemos quebrar a barreira do som sem um estrondo audível no solo, estamos trabalhando para atualizar, em seguida, a regulação do limite de velocidade sobre terra.”

O Overture terá a mesma pegada de ruído de pouso e decolagem que os aviões subsônicos de longa distância de hoje. Uma diferença significativa entre o Concorde e o Overture é que este decolará sem pós-combustores, e esta era a principal razão para os níveis de ruído das decolagens do Concorde.

O motor personalizado do Overture, Symphony, é um turbofan de médio by (razão entre o ar que a por fora e por dentro do núcleo do motor), que será muito mais silencioso que os motores turbojato do Concorde com pós-combustores. O Overture também terá um Sistema Variável de Redução de Ruído, que gerencia automaticamente o impulso para reduzir o ruído na decolagem.

A Boom ressalta que está comprometida em criar a melhor experiência possível para ageiros e comunidades aeroportuárias, e continua a inovar nesta área.

Em fevereiro, a empresa anunciou o Boomless Cruise (Cruzeiro sem Boom Sônico), possibilitando viagens supersônicas sobre terra sem um boom sônico audível. Durante seu voo supersônico histórico em 28 de janeiro de 2025, a aeronave demonstradora da Boom, XB-1, quebrou a barreira do som três vezes sem gerar um boom sônico que atingisse o chão, demonstrando que viagens supersônicas silenciosas são possíveis.

Imagem: Divulgação – Boom Supersonic

Para operar dentro dos regulamentos atuais, a Boom planeja operar o Overture a Mach 0.94 sobre terra – aproximadamente 20% mais rápido que os jatos subsônicos de hoje – quebrando a barreira do som apenas sobre a água, onde aceleraria a Mach 1.7, ou duas vezes mais rápido.

Os dados coletados do voo supersônico do XB-1 estabelecem a possibilidade de o Overture viajar até 50% mais rápido que os jatos de hoje sobre terra sem um boom audível.

Trazer essa aceleração convincente para rotas de costa a costa nos Estados Unidos exigiria substituir a proibição federal existente de aeronaves civis excedendo uma velocidade de Mach 1 (a regulação conhecida como 14 CFR 91.817) por orientações sensatas e baseadas em dados para voos supersônicos sobre terra.

Conforme redigida atualmente, a regulação aborda apenas a velocidade supersônica, sem levar em consideração que é possível hoje que aeronaves voem mais rápido que Mach 1 sem criar um estrondo ouvido no solo. Atualizar esse padrão, originalmente implementado há mais de cinquenta anos, para uma abordagem baseada em ruído em vez de velocidade, abriria o caminho para o retorno das viagens supersônicas.

A Boom construirá o Overture nos EUA, em sua Superfábrica já construída em Greensboro, Carolina do Norte.

Informações da Boom Supersonic

Murilo Basseto
Murilo Bassetohttp://aeroin.atualizarondonia.com
Formado em Engenharia Mecânica e com Pós-Graduação em Engenharia de Manutenção Aeronáutica, possui mais de 6 anos de experiência na área controle técnico de manutenção aeronáutica.

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