
Um exemplo excelente de como as interações entre os países são afetadas pela participação em blocos econômicos se deu na semana ada, quando a empresa aérea irlandesa Aer Lingus informou que foi forçada a alugar aeronaves e tripulantes da British Airways em sua rota de Belfast para Londres por causa de complicações relacionadas ao Brexit.
Na prática, a Aer Lingus, que é sediada em Dublin, na Irlanda, estava prestes a ter expirada sua licença para fazer voos domésticos no Reino Unido e isso significa que a rota saindo de Belfast, na Irlanda do Norte (que é parte do Reino Unido), para Londres, não mais poderia ser operada por aviões próprios.
Como alternativa, a companhia procurou a British Airways, que vai operar a ligação nos próximos seis meses, informou o The Irish Times. Em paralelo, a Aer Lingus já informou que tem intenção de retornar à rota, mas depende da aprovação das autoridades do Reino Unido, algo novo, pois quando estavam todos os países integrados à União Europeia, tal formalidade era resolvida de maneira muito mais simples.
Os voos ainda serão vendidos pela Aer Lingus e também operarão a partir do Terminal 2 de Heathrow, de onde todos os outros voos da Aer Lingus chegam e partem. O serviço a bordo será o serviço padrão da Aer Lingus, mas fornecido pela tripulação de cabine da British Airways.
A Aer Lingus disse em um comunicado: “Para a próxima temporada de inverno, trabalharemos com nossa companhia aérea irmã, a British Airways, para garantir a continuidade do serviço e nenhum impacto nas viagens de nossos ageiros”.