
Duas companhias aéreas siberianas, a Polar Airlines e a Angara, solicitaram ao governo russo a extensão da vida útil dos aviões Antonov da era soviética devido aos desafios que a indústria da aviação russa enfrenta no fornecimento de novos aviões.
Segundo a matéria publicada no Yahoo!, muitos desses aviões têm mais de 50 anos e são usados para voos de curta distância em condições adversas na Sibéria e no extremo norte da Rússia.
As sanções ocidentais contra a Rússia, motivadas pelo conflito na Ucrânia, afetaram a disponibilidade de peças necessárias à manutenção dos aviões, aumentando consideravelmente o custo desse processo.
Sergei Zorin, vice-CEO da Angara, ressalva que a falta de alternativas aos aviões An-24 e An-26 torna imperativo o apoio estatal para manter essas aeronaves em operação.
Apesar deste panorama, os ageiros continuam a reconhecer a confiabilidade dos Antonovs. Konstantin Semyonov, ageiro da Polar Airlines, classificou o An-24 como “um trator voador” devido à sua durabilidade e resistência.
No entanto, Oleg Panteleev, diretor do think tank de aviação Aviaport, destaca que a manutenção dos Antonovs irá se tornar economicamente inviável em breve. “Manter uma frota envelhecida operacional vai se tornar cada vez mais caro”, alerta Panteleev.
Os fabricantes de aviões russos parecem estar correndo contra o tempo para desenvolver alternativas. O An-24 e An-26 são indispensáveis para o transporte de ageiros e cargas em Yakutia, afirma Alexei Yevseev, diretor técnico interino da Polar Airlines. “Não há substituto para esses aviões”, conclui.